quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Nemo tenetur se detegere.

Sempre imaginei que o grande mal era a política, nascido na ditadura, numa época que na infância ouvia que agentes infiltrados em escolas para flagrar detratores do sistema e que estavam a mando dos políticos. Demorei para entender, assim como havia territórios nos mapas de Geografia, que seríamos uma democracia, com um presidente ou melhor vice presidente e que o preço a ser pago era a não prisão dos ditadores assassinos.

Talvez seja o efeito trade off, ou mesmo a falta de prática na honrosa prática da contestação.

Nessa mesma época, os bonzinhos eram aqueles que lutavam contra o status quo, subiam em palanques, faziam greves, não se barbeavam, fumavam aos olhos vistos e até alguns eram brilhantes intelectuais.

Bons tempos aqueles...hoje já não acredito em bonzinhos. Talvez por isso não sei mais me posicionar e pior em quem votar. Embora, acredite que a política em meu dia a dia já não faça tanto mal assim. Sendo assim, elegi outro grande mal. Pois é, fui criado assistindo novelas e só consegui entender o universo ao meu redor, dividindo-o entre os benévolos e malévolos.

Voltemos, o grande mal são os Bancos de Dados.

Agora mesmo estou alimentando-os, sem ter o direito de saber o que vão fazer com os preciosos dados que gero a cada acesso, a cada cadastro que preencho e a venda que esse aplicativos são de "graça". Embora nós estamos trabalhando para ELES.

There's no such thing as a free lunch.








3 comentários:

  1. Politica
    Nossa vida mais e mais ficando crítica.
    Basta olhar que você vê que a vida cívica.
    Deteriora tanto quanto a coisa pública.
    Quanto choro, quanta fome, quanta suplica.
    Quanto nojo de saber que gente estúpida.
    De mamatas vão vivendo na república...

    Athaliba e a Firma.
    http://letras.mus.br/athaliba-e-a-firma/717479/

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