domingo, 11 de janeiro de 2015

A Flor

Avistei! A mais bela simples flor com o mais completo perfume. Pequena, frágil e cheia de graça.  Me encantou em primeira vista.

E foi dessa que eu quis plantar. Comecei do princípio, da semente. Levei pro meu jardim pra poder me dedicar e ver florescer.

Plantei e cuidei, até que finalmente o primeiro broto saiu. Sorri! Saltei em alegrias em ver aquele pontinho verde espiando para o mundo, espiando para mim!

Enchi me de esperanças e sorria todos os dias pra ela.

Cultivava, cuidava e cresceu mais um tantinho assim. Mostrou me as primeiras folhas, que apareciam como se quisesse me dar um abraço!

Animava-me em vê-la crescer, mas parou. Não quis mais crescer, também não quis murchar.

Queria meu abraço, e eu lhe dava. Queria um carinho, e eu lhe dava. Estagnou ali, sem flor, sem graça, sem delicadeza nem perfume.

O que será que houve? O que será que há? Me dói no peito ver que pareces desanimada. Um dia eu hei de saber?

2 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  2. Encontros e desencontros.
    Neste texto imaginei todas as lindas flores que encontrei pelo caminho e que por algum motivo não floresceram para mim.
    Imaginei quantas vezes também não fui uma flor ou "quase flor" para o jardim de alguém.
    Quantas amizades murchas em vasos dos corações ou em caixas de emails? Quantos amores com um perfume já esquecido?

    Então, qual sua flor?

    ResponderExcluir