domingo, 25 de outubro de 2015

Questões feministas, sim.

Mudei o meu post quando li o tema da redação do ENEM: "A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira".

Eu, mulher, quase incansável nas discussões sobre o feminismo, não contive minha alegria ao ler o anúncio do MEC que, já tinha surpreendido com Simone de Beauvoir, ontem. A alegria de ver a questão retirada do armário fez contraponto com a tristeza ao ler diversos comentários que este não é uma tema sério, apenas mimimi das feministas, que mulheres que são dão ao respeito não correm o risco de passar por uma situação assim.

Ô gente, estamos em 2015 e o Moonwalk continua, muitos passinhos para trás.Você não precisa concordar mas precisa entender que existe uma série questão a ser discutida.

Batom vermelho, saia curta, short, roupa transparente, andar sozinha à noite não é sinônimo de vagabunda, nem de merecimento de uma passada de mão.
Ser a favor do feminismo não é odiar os homens. Não é uma briga de gêneros, não é uma briga de poder, é sobre direitos.
Eu não tenho direito em relação à total escolha do meu corpo, não posso decidir se desejo continuar uma gravidez ou interromper. Isso não é ser a favor ou contra o aborto. 

Bato na tecla óbvia que "ninguém aguenta mais ouvir" e continuarei batendo nesta tecla enquanto um lindo discurso teórico não for compatível com a prática.

Vamos somar, homens e mulheres. Vamos discutir e argumentar com aqueles que estão ao nosso redor. Vamos falar sobre o estupro, sobre o assédio, sobre a violência, sobre o abuso. Vamos acolher.


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