Acordou
e o relógio, velho e de madeira rústica, apontava que eram 2 horas da manhã.
Era difícil admitir, mas ao brilho do luar que entrava pela grande janela atrás
da mesa de seu avô, aquelas cabeças eram belas e bem vivas.
Aqui cabe apresentar-lhe agora o
nome da moça, nestes dias ainda com 30 anos:
Natasha.
Sabia ela que um enorme
quebra-cabeça familiar estendia-se a sua frente e somente ela poderia resolver,
ainda mais agora com a morte de seu único parente que poderia lhe dizer mais
sobre o começo de toda a história.
Até
então, o único fato que era certo, era o velho diário de seu pai que explicava
com exatidão o motivo simples pelo qual tudo havia de ter começado. Dizia seu
pai no diário, sobre a agonia que sofria ao cortar o cabelo e como isso
definira sua profissão.
Quando
ainda lhe vinham os fatos do dia à mente um após o outro, trazendo consigo uma
leve dor de cabeça, uma luz que não era a da lua encheu aquela sala. Vários
veículos se aproximavam em alta velocidade pela estrada de terra.
“Tsc...
Todo dia!”
Sabia
que eram os Russos que vinham lhe cobrar respostas que ela mesma ainda tinha
dúvida se lhes entregaria... De súbito, todas as memórias terminaram de chegar
à consciência e ela não pensou duas vezes.
Pegou
todos os papeis que pode e os meteu nos bolsos enquanto corria para a velha
lareira e rapidamente puxou o dente de uma das cabeças de urso mais próxima.
Logo uma passagem se abriu e uma luz lhe encheu os olhos.
A passagem
se fechou atrás de suas costas e a saleta voltou ao ar de abandono que sempre
tivera. Do outro lado, porém, algo ainda mais espantoso a esperava...
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