Eu fui para Nicarágua
e recebi Jesus numa encruzilhada
E o carro corria solto feito o diabo
Era ponte
Barreira
Braço de rio
Lagarto estraçalhado
Entroncamento de estrada
A louca com carrinho de supermercado que tinha gatinhos tecidos na alma
instruía a moça cabeça-de-vento: “A paixão cega, minha filha”
E minha avó ensinando o papagaio a pedir esmola: “vai que eu lhe falte um dia.”
"Quem ama deixa."
- pregava a velha com catarata no peito.
Eu abasteci o carro e vi o céu azul de suely na pensão amaralina
Minha alma de segunda entendeu tudo
fiz o pelo-sinal-da-santa-cruz e passei a terceira marcha
Levantou um poeirão fenomenal
E o carro corria solto feito o diabo
Era ponte
Barreira
Braço de rio
Lagarto estraçalhado
Entroncamento de estrada
A louca com carrinho de supermercado que tinha gatinhos tecidos na alma
instruía a moça cabeça-de-vento: “A paixão cega, minha filha”
E minha avó ensinando o papagaio a pedir esmola: “vai que eu lhe falte um dia.”
"Quem ama deixa."
- pregava a velha com catarata no peito.
"se quiser fugir, tropeça na primeira esquina"
[Tudo, sem saídas de computador]
[Tudo, sem saídas de computador]
Eu abasteci o carro e vi o céu azul de suely na pensão amaralina
Minha alma de segunda entendeu tudo
fiz o pelo-sinal-da-santa-cruz e passei a terceira marcha
Levantou um poeirão fenomenal
E eu vi Santana nunca mais me deixar, pelo retrovisor.
São Paulo, agosto de 2009
São Paulo, agosto de 2009
Achei um conto/poema estranho no computador. Não sei se era meu. Se recortei, colei, guardei. Faço isso, mas não tenho memória. Mexi muito, virou outra coisa, então postei. Eis.
ResponderExcluirdecifrando... poesia, prosa, cinema e coisas vividas, tudo junto no liquidificador.
ResponderExcluir...
ResponderExcluirde tão bonito, deixa a gente estupefada.
não decifrei o enigma.
ResponderExcluirterei que voltar e viajar novamente.
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