domingo, 14 de julho de 2013

Tratado de/ Manifesto de Tordesilhas

(Algodão, uma planta brasileira?)

- Quem descobriu o Brasil foram os ingleses! É. Não foram os portugueses.-"aqueles caras"
-Como assim? Então mentiram para mim na escola e na faculdade? Tá bom, talvez eu não tenha prestado atenção naquelas aulas....-"o sentimento de culpa"
-Quem descobriu foram os índios!-"a vermelha cor de rosa"
-E os holandeses?-"nordestinos"
-Foram os portugueses! As caravelas! Peludos, barbudos, cheios de roupas e coroas. E padres!-"a lembrança da escola"
-Foram os japoneses! Ou chineses! Eu nunca consigo diferencia-los muito bem....os koreanos também....enfim, os índios tem olhos puxados e tal...-"a tentativa"
-Puta como a gente é burro!-"ela"
-E vc acha que alguém sabe? Claro!Os professores universitários sabem..... Ah, tá!-"aqueles caras"
-Os índios.....-"nostálgico"
- A gente não sabe é de nada. As histórias são uma mentira política. Você precisa acreditar em algo para ser controlado -    "pensa que é ateu"

- Não foi descoberto por ninguém, ainda. Ou foi descoberto e escondido e descoberto de novo a muito tempo atrás. Escondido atrás de folhas de bananeiras, protegidos por jiboias e coros de cigarras. - Eu.

-Ainda não foi descoberto. Ainda nem nasceu. Dorme em tantas utopias universais. O Brasil não existe. É uma metafísica. Um aroma. Um desenho abstrato. Uma vontade.- Eu mesma.

- Brasil é uma ideia nazista, fascista, nacionalista, europeia...Racista e homofóbica! O Brasil ainda é uma colônia. O Brasil ainda está no mapa. Em alguma garrafa. Boiando em algum oceano. Em um sonho de uma criança do futuro.- Eu.

- Ah mas o que está por traz da nação? O que você está procurando? O que é puramente brasileiro? Havaianas? Feijoada? Batata, algodão, cravo-da-índia? Poodles, Puggys? Girassóis?-Eu mesma.

-Não importa! Tudo hoje é coca-cola, leite moça, carne de soja, Mac......sei lá. Não sei para o que isso importa efetivamente.....
Digo, isso não dá dinheiro, dá? Nem como literatura, né?-Eu.

-Acho que isso é a coisa mais importante do mundo. A nossa identidade, sem separatismo, nem "sectarismo". Somente o subjetivismo, a idiossincrasia......A história dos indivíduos na galáxia, sem sentimentalismos.....-Eu mesma.

-Tá, mas eu realmente não estou segura do quanto vale a pena falar sobre isso em um blog às 22:58.

Pessoal: meu dia foi ótimo! Eu espero que vocês tenham tido um ótimo domingo. Acordei tarde. Improvisei uma salada de fruta. Fui no mercado. Almocei sopa de bardana. Recebi meus tios. Assisti uma aula de bolo de cenoura. Ouvi música. Ouvi. Abracei. Beijei. Conversei.Dei risada. Comi e bebi! E desisti de postar um texto falando da minha semana de alta gripe.   

9 comentários:

  1. Mais uma vez, eu acho que td faz parte do contexto filosófico do gratinamento do frango.

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  2. Não entendeu? Então empatamos rsss

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  3. É isso mesmo Risa! Eu ia falar mesmo do contexto filosófico do gratinamento do frango, mas fiquei com preguiça. Mas é a mesma linha de raciocínio. A mesma escola filosófica! hahahaha

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  4. VIVA O LÁPIS E O PAPEL!!A comunicação mais sigilosa do mundo!

    ABAIXO AS FALSILIDADES DO MUNDO MUDERNO!

    Mouse não tem tato, monitor não tem olho, teclado não faz garranchinho,HARDware mesmo DURO não goza...

    É, o Brasil é o país onde acham que é SÓ o Tio Obama que lê nossos e-mails.

    Por que anônimo?Ainda não sou andróide, a minha "identidade"(como está escrito aqui embaixo) não pode ser escolhida através de um click

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  5. O que é bardana?

    Imaginei uma mesa (de bar) com essas falas todas.

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  6. nossa identidade está completamente solapada por conta de um recrudescimento total do eu típico do advento das ciências empíricas. ao invés de repousarmos em uma consciência sem sectarismos, caminhamos para o lado oposto, aonde o tecnicismo domina tudo sobre todas as coisas. totalmente contraditório, pois a importância do eu nos galáxias e a história dos individuos se dá por questões que se apoiam no ego monstro, quando o eu deveria nos levar ao lado contrário. conhecer para dominar, essa é a máxima.

    acredito que nossa identidade está ligada a sentimentos (que aqui, ponho como 'a reunião estável de sensações que constitui a essência subjetiva mais íntima de um ser humano') e que isso está totalmente esquecido por conta de uma comunicação abstrata que nos força a nos expressar em termos técnicos ou sociológicos demais.

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  7. Hummmm caramba! Gostei dos comentários! É foda....concordo com a noção de de que a identidade tem a ver com o sentimento e tal, mas não consigo me desenvencilhar (palavra legal) da sociologia, do materialismo histórico e de tantas outras coisas que colocaram na nossa cabeça em forma de "conhecimento", "educação". Eu faço a cŕitica, mas não me desenvencilho
    (tente conjugar esse verbo em vários tempos e pessoas! hahaha). Sou incoerente. Acho que os "zens" estão muito mais certos, mas pensar de acordo com o que eu entendi do que me ensinaram, do que vejo no jornal, no facebook, num filme é para mim uma forma de fazer parte da sociedade, de uma comunidade. Enfim, não consigo "abrir mão" (desenvencilhar/hahaha) do senso comum...Não quero virar um buda.

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  8. E Hindira, bardana é uma raiz com um gosto muito....peculiar. A sopa é até que gostosa, principalmente com limão. Tem uma cor cinza, bizarra, mas o sabor exótico me agrada. E sim, foi praticamente uma conversa de bar!hahaha

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  9. http://www.oesquema.com.br/mauhumor/wp-content/uploads/2013/07/mundo315.gif

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