No primeiro contato, é gerada uma senha. Pode ser um olhar, o encontro de mãos. A digital pode ser substituída pela contemplação das sobrinhas dos dedos, as unhas roídas. Depois, depositamos algumas palavras e sorrisos. Aí, já é possível uma fidelização. Cliente gold. E já dá direito a carícias, caretas, piadas. Alguns investimentos: um chopp, um abraço suspenso no ponto de ônibus, um beijo molhado no piercing, uma lambida na orelha. É quando as movimentações se intensificam e já queremos fazer saques diários, gastar milhas do catão de crédito: bater pernas pela cidade sem destino.
Extrato: um <3 bilhete="" cheio="" div="" e="" m="" na="" nbsp="" o.="" um="">
(Cleyton Cabral)
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