terça-feira, 31 de janeiro de 2012
Tudo o que se faz ou se pode fazer - ATO - Modo de proceder - ATO - Ocasião em que é feita alguma coisa - ATO -
sexta-feira, 27 de janeiro de 2012
I would prefer not to
quarta-feira, 25 de janeiro de 2012
Despedir dá febre.
Ps. essa foto eu tirei em Águas da Prata em uma estação de trem há muuito tempo atrás. Já utilizei ela em outro blog que eu tive. Se tiverem curiosidade de ler a poesia, aqui está o endereço: http://defloraflor.blogspot.com/2007/02/despedir-d-febre.html
Ps.2. me desculpem eventuais erros. essa internet e nada tá quase a mesma coisa. além da bateria do notebook...
terça-feira, 24 de janeiro de 2012
Quem não comunica?
Acho que escolhemos o momento errado para voltarmos a confiar na palavra dos outros.
segunda-feira, 23 de janeiro de 2012
Que Isso Gordinha??
Fui para um spa na última semana do ano.
Spa Igaratá, super recomendo para gordinhas (os) sem muita frescura (nem muito dinheiro),
O lugar é lindo, o ambiente é uma delícia, o pessoal que trabalha lá super atencioso e os hospedes são umas figuras.
São tantas atividades que você acaba esquecendo que está passando fome. A comida é bem pouca, sem sal, sem açúcar, sem gordura, uma tristeza só. (mentira, é gostosa, mas é tãaaao pouquinho..)
Acontece que eles são bem tranquilos. O pouquinho é só o que você DEVE comer, mas se quiser comer mais (ou colocar sal ou azeite, ou pedir uma pizza - é sério-) "Vai da sua consciência", como me disse a atendente, com aquele olhar de "Vai gordinha!".
Nunca mais esqueci essa frase. "vai da sua consciência".
Lindona, se eu tivesse uma consciência decente não estaria assim.
Pode me dar mais uma gelatina.
# Post não patrocinado # (infelizmente)
domingo, 22 de janeiro de 2012
Lá vem o Chaves! Chaves! Chaves!
sábado, 21 de janeiro de 2012
Sobre o cotidiano que encanta
Caros amigos e amigas, é um verdadeiro privilégio estar aqui com vocês!
Aproveitando que estamos no início de um ano novo (nem tããão novo assim, afinal já é 21), desejo à todos um excelente 2012, onde Luizas que viajam para o Canadá fazem parte de nossas vidas. Ano que começou com a guerra na internet, no qual os Anonymous derrubaram tantos sites, por causa do fechamento do Megaupload...
Desejo tudo de bom pra todo mundo!
sexta-feira, 20 de janeiro de 2012
sobre alguma leveza que quero pra mim
Teu azul diz outras coisas pra mim
Mesmo quando fica preto.
É tão sereno e leve
Andar com a cabeça vazia por aí
E o peito aberto, sem medo.
Vai, me puxa pra cima
Que a partir de hoje eu quero é só voar
Deixar as pessoas e seus problemas
Com os meus problemas
Entre os carros e trens e as confusões da Terra
Lá embaixo, se pegando.
Dissolve os meus medos e sonhos em cigarros
Em esquinas com poças de chuva
Que agora quero é só ser luz.
(...)
Encosta tua boca em mim
E faz o mundo ficar mais devagar
Me puxa pela mão para o ar.
A cidade, lá embaixo, tão pequena
Quase não dá pra ver os leds das torres
Prédios de brinquedo.
Me faz querer gritar, mas perco a voz
A visão, sou agora só um sentido
... o teu.
quinta-feira, 19 de janeiro de 2012
Feliz 2012!!!
Ora... 2012 começou há 19 dias e nós já vimos rumores de abuso de sexual em TV aberta, vídeos revelando momentos íntimos de várias (sub) celebridades espalhados pela internet quase todos os dias desse ano, surgindo um atrás do outro. Vemos um programa ser lançado e exibindo o lado mais fútil e feio da riqueza, que é mostrado de forma constrangedora em um país onde predomina a humildade da classe média e baixa... Mas o beijo gay não pode ser mostrado de forma alguma, porque as pessoas não estão preparadas e pode ser muito chocante.
As pessoas não se respeitam mais. Algumas poucas pessoas são ridicularizadas e induzidas a pensar que estão erradas quando ainda possuem o sentimento que deveria reger o mundo inteiro, o amor.
É muito simples. O mundo já acabou. O fim do mundo já chegou. Pelo menos o mundo em que viveram os tais Maias. O mundo em que eles viveram, da forma como era antes, não existe mais. Eles não estavam errados. Eles estavam certos. O mundo não só vai acabar esse ano, como já acabou. Esse mundo em que vivemos hoje é outro, completamente diferente do deles e inimaginável pra qualquer pessoa daquela época.
Agora, se esse nosso mundo vai acabar um dia? Depende. Depende do nosso conceito de vida hoje, e do conceito de vida das pessoas que viverão aqui milhares de anos à frente.
Feliz 2012!!!
quarta-feira, 18 de janeiro de 2012
O dia foi cheio e atrasei o dia 17 porque estava morta. Literalmente
Michel
segunda-feira, 16 de janeiro de 2012
Obituário
domingo, 15 de janeiro de 2012
Domingo
Olho o recinto.
Quase infarto.
O infarto é pela memória:
Difamatória
Ressaca maldita
Que é persistente.
Fui imprudente...
"Não bebo mais"
"...parei com esses venenos!"
Tomo um Eno...
Enxaqueca ardil!
Mais ardil, sou essa:
já sabe que não cumprirá a promessa.
sexta-feira, 13 de janeiro de 2012
What a fuck?
Sentado no bar, com seu amigo, numa noite muito quente do verão carioca, o americano apelidado da forma genérica mais carinhosa: gringo, não imaginaria que ia levar de volta na bagagem a maior pulga atrás da orelha da vida.
Depois da oitava cerveja, das quais julgava muito fracas, ele vê entrar no bar a morena mais atraente das terras tupiniquins. Não era carioca, mas tinha o bronze na pele; cabelos negros brilhosos e sorriso estampado na cara esbanjando espontaneidade e atitude. O gringo ficou louco.
Sem pestanejar - afinal estava no Brasil, a terra onde “tudo é permitido” - afastou um pouco a sua cadeira de modo a ficar quase de frente com a morena e com a amiga que a acompanhava.
Sabendo da receptividade do povo Brasuca, foi logo mandando um – OI, tudo bem! Que resumia todo o seu parco vocabulário da língua portuguesa. A morena e sua amiga, tentando mostrar simpatia, responderam a saudação.
Ele entendeu que ela era solteira e que adorava o verão. Ela entendeu que ele trabalhava na wall street e que já falava mais outras 3 línguas pra pensar em falar português. Ela achou esnobe.
Depois de alguns minutos e muitas tentativas de diálogos, a morena se levanta e vai ao banheiro. O gringo, se sentindo mais em casa o possível, pega o celular dela, digita o número do telefone dele e devolve no mesmo lugar.
Confiante que a noite do verão carioca ia acabar com a companhia da morena na sua cama, o gringo volta pra casa bêbado e frustrado. No dia seguinte, sem conseguir tirar a morena e a ressaca da cabeça, ele manda uma mensagem para o celular dela:
“Hi, it's Ryan from last night, call me = )”
Em alguns minutos a resposta: “Ahan, senta lá Cláudia”
Anos depois, sentado em frente ao computador do trabalho, numa tarde de frio intenso, ele ainda pensava naquelas palavras.
quinta-feira, 12 de janeiro de 2012
Meu lado sombrio e minha alma que não tem preço
Todo mundo ralou.É lógico que isso ia acontecer em um país católico,com um certo complexo em relação ao dinheiro.Os ricos são raláveis,são fáceis de malhar e jogar no vinagre.Eles quebram paredes que consideramos morais e éticas.Ignoram a pobreza e ostentam a riqueza de uma maneira meio escatológica.Os ricos são nossos bobos da corte,os palhaços do circo mambembe e assim negamos que quem realmente está rindo de nós são eles.
Não tenho inveja do dinheiro,até porque carrego uma certeza católica de que um dia Deus vai me recompensar e isso deverá ser em dinheiro, já que ele sabe dos meus rolos e sabe que no momento é a única recompensa que preciso.
Mas assumo minha inveja verde da vida que essas pessoas levam.A questão não é ter dinheiro,mas mentalmente ignorar o que te rodeia e ser feliz com pouco.Sim, essas mulheres são felizes com quase nada.O budismo diz que tudo o que o dinheiro pode comprar é barato.Tenho inveja disso.Queria mesmo ser feliz apenas porque comprei um avião ou mandei colocar diamantes na minha arma.Mesmo com dinheiro sei que eu continuaria sendo meio Hamlet, totalmente atormentada,caminhando pela vida e questionando fantasmas.Mesmo em um dia bom acordo Mafalda,sempre querendo saber a origem das coisas,do tudo.
Minha alma é cara demais e não se contentaria com visitas a joalherias.
Tem coisa melhor no mundo do que a união do dinheiro e a ignorância?Só se for brigadeiro com sorvete, sexo com amor, chuva com cama,praia com sol.Ah,essa sim é a receita da felicidade das moças da série,a alienação.Quanto custa ser uma alienada ?
Que delícia deve ser viver pensando que só eu existo e só interessa do mundo o que me faz feliz ! Ah, eu poderia sair dançando Edith Piaf pelas ruas de Paris e ainda mandava comprar a cidade e entregar aqui em casa.
Um almoço fútil sem nada a dizer ? Bom demais , até a comida deve ter outro gosto.
Queria ver elas com minha alma, em que lugar iam achar sossego ou comprar um pouco dele.Elas são felizes com seus carros, suas jóias, sua cabeça vazia.Compram tudo o que o dinheiro pode comprar e são felizes.Que vida barata !
Já eu não posso garantir comprar minha felicidade com dinheiro.Custa demais.
O programa deveria se chamar ` Mulheres baratinhas demais, em oferta, leva 2, paga uma ´. Qualquer ser humano que consiga comprar sua própria felicidade merece ser aplaudido.Que pessoa barata,em conta, econômica ! Que boa oferta !
Ah, gostaria de ser assim, saber que minha felicidade tem preço e posso pagar. E ainda tem gente que acha elas ricas,mas almas mais miseráveis,que se contentam com pouco,mais pobres do que essas eu nunca vi.
domingo, 8 de janeiro de 2012
Adolescência
A adolescência é uma fase curtinha, a mais curtinha da vida da gente, vai dos 12 aos 18, às vezes um pouquinho antes, um pouquinho depois, mas não muito mais que isso.
Duas atitudes definem bem um adolescente: a primeira é o volume, ou eles gritam, ou eles murmuram, mas no geral gritam. A segunda são os palavrões, eles conseguem colocar todos em uma frase só. O palavrão é uma conquista para o adolescente.
O adolescente muda de acordo com o grupo, é um mutante. Se está sozinho, parece quieto, incomodado, como que esperando uma ameaça. Esconde-se com fones, músicas, roupas, caretas. Se está com a família é agressivo, azedo, reclama de tudo e xinga a todos, envergonhando aqueles que a pouco sentiam orgulho. Agora, se está em grupo, com outros deles, aí sim: é alegre, brincalhão, desafiador. Pode tudo, pode paquerar na rua, mexer com desconhecidos sem medo, sem remorsos, sem freios.
Outro fato interessante a respeito da adolescência é a memória seletiva tardia. Funciona mais ou menos assim: assim como na nossa cabeça a nossa voz é diferente da voz que ouvimos do gravador,a adolescência também tem a capacidade de distorcer a realidade na cabeça da gente, não sendo fiel ao que realmente foi. Na verdade ela se apresenta bem melhor do que era.
No geral você era feio e idiota, mas não lembra mais , você só lembra que se divertia, namorava, estava lindo e jovem. É preciso um vídeo, uma foto, para perceber que não era bem assim. Era só uma criança desengonçada querendo tentando ser adulto.
sábado, 7 de janeiro de 2012
"Seriando" por aí
Vai, até que "A Sete Palmos" ficou bonitinho, vai... |
Isso tudo me fez pensar uma coisa: Por que diabos será que não há, por aqui, uma tradição com o formato? Ok, você vai me responder que já produzimos muitas, algumas até ganhadoras de prêmios, mas continuo batendo na mesma tecla: nada comparado ao caso americano, por exemplo. Ora, se nos orgulhamos de fazer o melhor produto de Teledramaturgia do mundo - as novelas -, eles também podem se orgulhar do mesmo, afinal, suas séries tem uma penetração incrível, correndo mundo afora - e recebendo títulos vergonhosos no Brasil como Smallville, a Aventuras do Superboy ou Lances da Vida.
Sinceramente, eu acho que o formato telenovela já se esgotou e as séries seriam uma alternativa à altura. Tem gente do ramo que vive afirmando o mesmo. O fato é que não foi raro eu acompanhar algumas com mais dedicação que à muita novela. Tô aqui me lembrando de Beverly Hills 90210 - em priscas eras - e, mais recentemente, Dawnson’s Creek e The O.C. - mais recentemente?! - ,além das minhas preferidas de todos os tempos, The Big C, United States of Tara e Six Feet Under, essas duas últimas, aliás, obras-primas de dois putas roteiristas de cinema - e sim, eu prefiro os títulos originais, por motivos óbvios.
Atualmente, em relação a roteiristas, me ocorrem dois nomes: Fernanda Young e Alexandre Machado. Nos últimos dez anos, o casal emplacou meia dúzia de séries na TV, mas nenhuma delas conseguiu chegar, com fôlego, à segunda temporada - exceto Os Normais, que durou três. Mas só. Lícia Manzo, autora da atual novela das seis, A Vida da Gente, estreou, na Globo, como roteirista principal, com a ótima Tudo Novo de Novo. Mas parece que desistiu do formato por aí - ou a emissora, o que é mais provável.
De qualquer jeito fica a dica: por que não investir mais no formato? Tem muita gente boa com idéia bacana por aí. Não seria tempo da Globo, por exemplo, reabrir sua Oficina de Roteiristas e dar espaço para novos talentos? E Multishow e HBO, invistam mais no formato! Nós, seriadores, esperançosos, agradecemos.
Pós-Postagem: Venho aqui reparar um terrível erro. Por esquecimento, deixei de citar aquela que é minha série do coração: Anos Incríveis. Quem não viu, corra. É para ontem.
sexta-feira, 6 de janeiro de 2012
2000 e quanto?
A festa havia acabado, as horas haviam se passado e o Sol havia surgido no horizonte (sim, eles haviam assistido a esse “espetáculo” – como ele seria, se o tempo não estivesse nublado). Mas essa era uma das muitas coisas que não importavam. Há quase nove horas, champanhes haviam sido estourados e fogos haviam explodido contra o céu noturno. E agora lá estavam eles, aquele grupo meio desajustado, sem tanto rumo, totalmente sem convenção, sentados na sarjeta em um silêncio que marcava, indiscutivelmente, o medo do que estava por vir.
Mas ele tinha algo a dizer. E disse. Fez melhor: se levantou e fez discurso!
“Sabem, eu sempre achei a comemoração de Ano Novo meio estúpida. Claro, eu cumpro tabela. E, claro, ter desculpa para virar uma noite com os amigos, se divertir um pouco e parar de pensar tanto no amanhã é ótimo. Mas ‘Ano Novo, Vida Nova’? Nunca engoli isso, e provavelmente nunca vou engolir. As pessoas mudam, sim! As coisas mudam, com certeza! Mas é um número no calendário que vai fazer isso acontecer? Ilusão boba que precisamos ter de que controlamos tudo ao nosso redor, até o tempo em que as coisas acontecem.
Afinal, nas últimas horas passamos de 2000-e-não-sei-quanto para 2000-e-não-sei-quanto-mais-um. Alguém notou alguma diferença? Talvez as mudanças estejam mais palpáveis para nós agora, mas não foi a virada do ano que ditou que elas iriam acontecer.
Eu não estou tentando ser cínico, mas preciso ser para provar o meu ponto. Nesses próximos doze meses, pode ser que a gente não tenha a opotunidade de se ver sempre. Pode ser que nossas vidas tomem rumos diferentes. Mas são doze meses como outros quaisquer. Eles podem ditar distância, eles podem ditar freqüência. Mas eles não podem ditar sentimento.
Isso aqui só vai deixar de existir porque um número a mais apareceu no calendário se a gente deixar que esse número mude o que a gente sente. Semanas, dias e anos não tem o poder de tirar de nós o que queremos por perto. Só nós temos esse poder.”
E, afinal, era 2000 e quanto mesmo? Realmente, isso era a última coisa que importava.
Nada melhor pra começar o ano do que a voz linda da Jordin Sparks nos dizendo pra “ter um pouco de fé”. Um ótimo 2000-e-não-sei-quanto pra todos vocês.
quinta-feira, 5 de janeiro de 2012
Crianças
- Você é bonita.
- Você é bonito.
- Eu gosto de brincar com você na árvore.
- Eu gosto de você.
- Eu roubei um beijo seu.
- Você é ladrão.
- Eu sou ladrão?
- De beijos.
- Ah.
- Você é bonito.
- Você é bonita.
- Eu gosto desses sinais.
- Que sinais?
- Esses do seu rosto.
- Quer pra você?
- Você vai tirá-los?
- Você quer?
- Se você tirar vai doer.
- Ah é.
- Posso lhe abraçar?
- Pode.
- Posso encostar meu rosto no seu?
- Você pode tudo.
- Tudo o quê, por exemplo?
- Ficar com meus sinais.
- Mas se você tirar vai doer.
- Eu estou apaixonado por você.
- Como assim?
- Assim.
- Assim, como?
- Assim, assim.
- Assim de namorar?
- Assim de casar.
- Mas a gente ainda é criança.
- A gente pode casar de mentirinha.
- E eu faço comidinha de mentirinha pra gente?
- Isso, e a gente tem um filho de mentirinha.
- E a gente mora de mentirinha na casa da árvore.
- Eu te amo.
- Assim tão rápido?
- Meu coração quis dizer isso, desculpa.
- Sem problemas.
- Hãn?
- Eu disse sem problemas.
- Você não gostou de saber?
- Não é isso.
- É o quê então?
- Nada.
quarta-feira, 4 de janeiro de 2012
Os esquecimentos de um homem ausente
terça-feira, 3 de janeiro de 2012
2011
Comecei o ano endividada. Muito endividada. Viajei a trabalho. Gastei mais dinheiro. Engordei. Depois engordei mais. Recebi a primeira participação nos lucros. Paguei as dívidas. Torrei fortunas em roupinha para bebê. Fui umas das primeiras a ver meu primeiro sobrinho. Fiquei perdidamente apaixonada. Fui a primeira a trocar a fralda do meu sobrinho. Entrei em pânico. Tive que chamar a enfermeira. Aturei meu cunhado em casa por 3 meses. Sobrevivi. Ele também. Descobri que um bebê dá mais trabalho do que eu imaginava. Resolvi adiar a maternidade por uns 5 anos. Recebi a visita da Carol, do Emerson e do Angelo em casa. Comprei a máquina fotográfica do Emerson com meu irmão. Batizei meu sobrinho com meu irmão. Fui na feira da madrugada, depois fui passar um fim de semana na casa da Carol. Comi guacamole pela primeira vez. Guacamole entrou no top 5 comidas favoritas. Viajei a trabalho novamente. Fiz 29 anos. Não entrei em crise. Terminei o namoro. Voltei o namoro. Viajei com o namorado. Tirei férias. Quis ir pra índia, não deu certo, quis ir pra Nova Iorque, não deu certo. Tirei novo passaporte por garantia. Fui pra Pernambuco, sem o namorado. Conheci Recife, Porto de galinhas e Olinda. Achei Olinda a coisa mais linda do mundo. Voltei com alergia de pele e o pé furado. Fui para São Paulo, revi a Rosma, que me ensinou umas técnicas sinistras de Rh, revi o Edu, a Ana e o Tiago, que eu achei que nunca mais veria. Comi guioza pela primeira e entrou no meu top 5 também, junto com aquele pastel de macarrão e cebolinha. Fiz a Carol e o Emerson me levarem de novo no mexicano. Entrei no curso de fotografia. Aprendi a mexer na máquina decentemente. Tirei um zilhão de fotos. Meio zilhão do meu sobrinho. Conheci lá a Nádia, a Mônica, a Mislene, e mais um monte de gente bacana. Mandei um recado para a Letícia, ela respondeu. Tirei o peso de mais de um ano das costas. Sai com o pessoal do curso de fotografia. Tomei uma caipirinha só e fiquei alta. Não costumava ser tão fraca. Não avisei o namorado. Ele não gostou. Brigamos. Terminamos. Voltamos de novo. Comprei uma lente nova. Sai com meu irmão várias vezes para fotografar. Achamos a capela de Santa Clara. Resolvi fazer uma nova tatuagem. Não fiz. Resolvi trocar minha cama de solteito por uma de casal. Não troquei. Reformei um criado mudo que achei na loja de móveis usados. Ficou legal. Tem tinta verde no meu cabelo até hoje. Verde água, que descobri que é minha nova cor favorita. Meu pai parou meu carro na vaga de idoso. Foi guinchado. Burocracias kafkianas. Três dias para liberar. Briguei com o cara da delegacia. Vi que o serviço público no pais é mesmo uma merda. Tirei uma pinta. Ficou uma cicatriz horrível. Arrependi de tirar a pinta. Cometi um erro no banco. Perdi mil reais. Tive o primeiro grande dilema moral da minha vida. Quase fraquejei. Me senti a pior pessoa do mundo. Depois me perdoei. Acho que agi certo. Tentei ir pra praia. Não deu certo, fiquei frustrada. Resolvemos passar o natal em casa. Resolvi estudar para um novo concurso. Descobri que não gosto mais de cabrito. Reafirmei que pudim de laranja é melhor que de leite. Fez sol. Tomei banho de piscina. De plástico. Queimei. Quis repetir no dia 31, choveu.