Ciências humanas são mais difíceis que ciências exatas. A frase pode parecer estranha vinda de alguém que se complica até na hora de calcular o troco da padaria, mas não quero dizer que as ciências exatas são fáceis, apenas que elas têm justamente a vantagem de serem exatas.
Dá para discordar do resultado de um cálculo, do saldo da conta, até da quantidade de votos recebidos, mas são valores exatos. Um olhar mais atento mostra qual o número correto e o porquê.
Ciências humanas são equações com infinitas variáveis. É comum especialistas com opiniões contrárias entre si serem aclamados pela genialidade de suas teorias. Mas nem só de especialistas e mundo acadêmico vivem as ciências.
Se a mesma matemática que calcula o troco da padaria se desdobra para calcular como aterrissar uma sonda em um asteroide, as ciências humanas não se restringem às abstrações acadêmicas de grandes pensadores; estão em nosso cotidiano, tão naturalizadas que sequer nos damos conta.
Mesmo quando só queremos assistir à copa, gritar gol e torcer em paz, atletas da seleção aparecem comendo carne coberta de ouro. Que comece a treta.
“Desrespeito ostentar um banquete dourado jogando por um país onde milhões passam fome”. Concordo. “Eles ganham muito bem e não precisam dar satisfação de como gastam”. Concordo também. “Produção de carne e extração de ouro, um prato que sintetiza o desmatamento na Amazônia”. Concordo muito. “Recebem críticas por serem jogadores negros, se fossem empresários brancos seriam admirados”. Sem dúvida.
Como encontrar o valor de X em equações tão complexas? É o tipo de situação em que não há um X exato e inquestionável. Ciências humanas lidam com contradições internas, muitas vezes insuperáveis. Até quando nos apegamos ao centroavante Richarlison, que fez aquela pintura de gol contra a Servia e tem no currículo extracampo atitudes louváveis, esbarramos em uma tatuagem no Neymar nas costas. Avisaram ele que não sai?
Uma coisa é certa. Depois de comerem tanto ouro, o jogo contra a Croácia resultou em uma merda brilhante.
Dá para discordar do resultado de um cálculo, do saldo da conta, até da quantidade de votos recebidos, mas são valores exatos. Um olhar mais atento mostra qual o número correto e o porquê.
Ciências humanas são equações com infinitas variáveis. É comum especialistas com opiniões contrárias entre si serem aclamados pela genialidade de suas teorias. Mas nem só de especialistas e mundo acadêmico vivem as ciências.
Se a mesma matemática que calcula o troco da padaria se desdobra para calcular como aterrissar uma sonda em um asteroide, as ciências humanas não se restringem às abstrações acadêmicas de grandes pensadores; estão em nosso cotidiano, tão naturalizadas que sequer nos damos conta.
Mesmo quando só queremos assistir à copa, gritar gol e torcer em paz, atletas da seleção aparecem comendo carne coberta de ouro. Que comece a treta.
“Desrespeito ostentar um banquete dourado jogando por um país onde milhões passam fome”. Concordo. “Eles ganham muito bem e não precisam dar satisfação de como gastam”. Concordo também. “Produção de carne e extração de ouro, um prato que sintetiza o desmatamento na Amazônia”. Concordo muito. “Recebem críticas por serem jogadores negros, se fossem empresários brancos seriam admirados”. Sem dúvida.
Como encontrar o valor de X em equações tão complexas? É o tipo de situação em que não há um X exato e inquestionável. Ciências humanas lidam com contradições internas, muitas vezes insuperáveis. Até quando nos apegamos ao centroavante Richarlison, que fez aquela pintura de gol contra a Servia e tem no currículo extracampo atitudes louváveis, esbarramos em uma tatuagem no Neymar nas costas. Avisaram ele que não sai?
Uma coisa é certa. Depois de comerem tanto ouro, o jogo contra a Croácia resultou em uma merda brilhante.