segunda-feira, 30 de abril de 2012
O Melhor Lugar
Sou de uma pluralidade explícita e não tenho pudor algum em ser quem sou. Não escrevo para que as pessoas compreendam a minha poesia, mas sim para que a poesia me compreenda!
sexta-feira, 27 de abril de 2012
Reality Zoo
É isso aí, bicharada. Estamos aqui na super final do Reality Zoo, com o nosso novo líder do Reino Animalia. Não tem pra leão nem pra cão, todo mundo acabou foi no paredão! Só quem venceu com a maioria absoluta dos votos é ela, a poderosa, sangue frio, competitiva e muito habilidosa, que está sempre pronta para dar o bote: a Serpente! E a vitoriosa já deixou o seu recado: "Vivemos em uma sociedade réptil: todo mundo COBRA". Não saia daí! Vamos para o comercial e voltamos já, já.
"A velha toupeira monetária é o animal dos meios de confinamento, mas a serpente o é das sociedades de controle." Gilles Deleuze
quarta-feira, 25 de abril de 2012
amor, tarô e outras viagens
Desde pequena, meu sonho máximo sempre foi o amor. Quando cara a cara com a morte, só pensava no desalento de partir sem sentir essa doçura da vida. Além da fome de mundo que cessaria mesmo quando não saciada. Cara a cara com a morte, a gente se arrepende de muitos desejos. O tarô sempre me diz "cuidado com os seus desejos, menina. eles podem se tornar realidade". É inevitável não fazer comparações da carta da Morte com o Outono. A Morte não no seu aspecto físico, irresolúvel. Mas com o nexo das coisas que são, por natureza, filhos de uma fênix. Assim como esse ser mágico renasce das cinzas, nós sempre renascemos também, entre um cair de folha e outra. Para alguns, só na primavera. Existe momentos que a Primavera, almejada calmaria, não traz a paz que necessitamos. Talvez por uma crença cega que, por ser assim, não nos deixa observar os inúmeros sinais de morte e possibilidade de renascimento que nos circundam. Já morri há alguns anos atrás. Um rito de passagem. Autoconhecimento. No fundo dos meus olhos se via as transformações recentes. O tarô incentivava. A primeira vez que abriram as cartas para mim foi justamente nesse momento. E eu chorei ao receber essa grandiosidade da vida. Como tudo na vida tem seu tempo e, com tempo, se transforma, essa fase não foi diferente. Hibernei. Finquei os olhos para dentro de mim por horas a fio. Comi páginas e mais páginas de livros. Cultuei pequenas ervas. Alecrim e folhas de louro. Fiz exercícios espirais. Depois, me dei ao luxo dos prazeres mundamos. Saídas ininterruptas, atitudes não esperadas. Ver o nascer do sol com desconhecidos. Outro rito de passagem para a fome seguinte. Enfim, um lar. "Só no teu gosto de mar minha alma tem casa". E, assim, a tão sonhada espera foi recompensada. Depois da calmaria, o turbilhão. Alternância de sentimentos. Dos mais profundos. Depois de um embate desgastante com o que julgamos correto e com o que, de fato, se desenrola, outra morte. E, o mais emblemático, em pleno outono. Desses em que se vê folhas amarelas rodopiando pelas praças. Uma imagem linda, com o tom nostálgico, inevitavelmente, pulsando. Morrer é sempre difícil, foge da nossa zona de conforto nem tão confortante assim. Por que, afinal, quantas maratonas teremos que seguir para, enfim, termos uma casa para nossa alma novamente? Primeiramente, o caos. Sou difícil em admitir mudanças emocionais, embora as físicas me fascinem. Mudar de cidade sempre me fez um bem enorme: de Paraguaçu para a roça, da roça para Alfenas, de Alfenas para Ouro Preto, de Ouro Preto para Mariana, de Mariana para La Plata. E anseio por mais! Já as emocionais...Em verdade, sempre tenho a imensa necessidade de me sentir viva. E só consigo isso por vias tortas do que, em teoria, seria o certo. Nessa nova fase, depois do pranto explícito ou calado, a aceitação. Muito longe de não olhar para essa janela, até a primavera, encarar. É só isso que nos falta, muitas vezes. Palavras duras, muitas vezes, são essenciais para enxergarmos a grandiosidade da nossa alma e reavaliarmos pelo que estamos dispostos a lutar. E se lutar é realmente o caminho. Muitas vezes, não é. Acredito que o amor não seja algo passível de disputas e convencimentos - apesar de já ter feito isso inúmeras vezes. Se o amor existe, tem que partir dos dois lados. Uma balança equilibrada - metáfora ridícula, por sinal. Como se o amor fosse algo que se pode fracionar. Mas o que eu quero dizer é que, para algo dar certo, não podemos obrigar ninguém a nos amar. A troca de afetos tem que ser mútua. Se você não pode receber isso de alguém, que tente, primeiro, receber de você mesmo. O tal do amor próprio que, de tão próximo, é o mais difícil de se adquirir. Nessa nova busca, espero que eu possa me esbarrar com ele, amor desconhecido nessa minha pequena alma de 22 anos. De mim para mim, para que eu possa, depois, receber e doar amor de uma forma mais pura, sem obsessões. Não sei quanto tempo essa viagem vai durar, mas estou disposta a correr o risco.terça-feira, 24 de abril de 2012
Propaganda Safada (ou Da Arte De Não Perder Oportunidades)
Eu sou o mal que se esconde nos corações dos homens. E gosto de escrever quase tanto quanto gosto de referências obscuras.
Há alguns anos, me chamavam de "Imperador" e isso não tem nada a ver com o outro Adriano, o que joga futebol, conhece a lei do impedimento e sabe a distância que a bola deve ficar do gol na hora do pênalti. Aliás, odeio futebol. Mas não, não sou viado.
Tive um outro blog, em que eu assinava como "Nabucodonosor". Eu adorava esse nome e adorava aquele blog também. Tenho um puta carinho por ele. Pena que perdi quase tudo do que escrevi lá. Tinha umas paradas legais. E até consegui muitas coisas boas por causa dele. Alguns amigos, uns momentos muito bacanas.
Não gosto de me descrever. É pretensão querer dizer aos outros o que pensar de você. Mas tem umas informações que são imprescindíveis e que você não vai perceber de imediato. 1 - Eu sou ácido. 2 - Sou cítrico. 3 - Se pingar na pele, eu mancho. 4 - Bom humor é fundamental. 5 - Eu tomo banhos. No plural.
Acho que é isso. Dá uma lida aí. Você provavelmente vai gostar de algumas coisas, em outras vai me achar meio arrogante, mas garanto que vai sair daqui com algo mais do que quando chegou.
segunda-feira, 23 de abril de 2012
Tocando em frente
domingo, 22 de abril de 2012
O surpreendente retorno de Policarpo
sábado, 21 de abril de 2012
O primeiro com 32!
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| Julio (guitarras), Thais (bateria, percussão), eu (violão e vocal), Kátia (vocal) e Dudi (violões 6 e 12 cordas) Ministério de Música Magnificat |
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| Eu, Evandro, Fernando, Kátia e Lucas |
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| Só gente boa! Canção Nova (Cachoeira Paulista) |
quinta-feira, 19 de abril de 2012
A menina
Nascido em Anápolis - GO, se mudou ainda adolescente para Goiânia - GO onde passou seus últimos 8 anos antes de se mudar para São Paulo - SP.
Administrador especializado em Marketing, Ator, Bailarino, Professor...
Dono de uma vida cheia de profissões recheada de arte e sonhos - realizados ou (ainda) não.
quarta-feira, 18 de abril de 2012
Montão de não, vez em quando um sim
Ora se não sou eu quem mais vai decidir o que é bom pra mim, dispenso a previsão
terça-feira, 17 de abril de 2012
Por que não ser?
Tenho memórias que são quase, tenho memórias inteiras, tenho memórias que me escapam mente afora.
E-mail: tatilazz@gmail.com
segunda-feira, 16 de abril de 2012
Um tributo a elegância
There's a hundred thousand streets in this city. If I drive for you, you give me a time and a place, I give you a five minute window. Anything happens in that five minutes, then I'm yours, no matter what. Anything happens a minute either side of that, and you're on your own. Do you understand?
Esse filme conseguiu me tirar um pouco da catatonia cinéfila que eu me encontro, embora a crítica não tenha abraçado com a mesma empolgação e isso é devido as cenas fortes de violência, é talvez isso seja spoiler. Já que iniciamos a percorrer esse caminho perigoso, esqueçam as fáceis comparações com o Tarantino.
Se a palavra é facilitar, pode se classificar o Tarantino´s Style como filmes com diálogos espertos com massiva referência pop, com cruzamento de várias escolas do cinema ao qual a violência é a cor que permeia seus filmes.
Há sempre exagero dessa técnica, para facilitar o entendimento, é mais ou menos o que acontecia com as músicas que o Slash que tocava, onde tudo convergia aos seus solos de guitarra ou pior aquilo que a Cristina Aguilera faz com a sua voz. Ou mesmo que o Neymar faz.
Drive não é assim.
Está mais para John Frusciante, na qual a sua técnica está mais para a música do que para a exibição da sua técnica. Ou a elegância de Ganso e do Deus supremo Zizou. Aliás, no cinema, podemos compará-lo com Cronenberg. Ah tá, qual é o Cronenberg´s Style? Assista seus filmes.
A violência é um traço da vida na qual não podemos fugir, classificar o filme de menor por não poupar e nem transigir sobre essas cenas desse tipo de conteúdo é renunciar o que faz do cinema ainda ser uma arte que nos faz refletir, portanto, o recomendo.
domingo, 15 de abril de 2012
Platônico
... dos apelidos que te dei,
das indiretas que mandei,
dos ciúmes infundados,
teorias mirabolantes sobre seus costumes,
do meu esforço em me fazer notada por você, sem parecer que eu me importo com isso,
e das vezes que meu coração disparou só de te ver passar.
Você sairia correndo? Chamaria a polícia? Diria a todos que sou a louca stalker? Ou confessaria que você também sente igual?
Na dúvida, prefiro a dúvida.
"É tolice, eu sei. Você não sente os meus passos. Mas eu imagino, mas eu imagino..."
sexta-feira, 13 de abril de 2012
Tudo é só saudade
Entre panos surrados, estampas desbotadas, paredes descascadas e panelas pretas pelo tempo eu ainda vejo borboletas. Ainda é o único lugar no qual eu as vejo voando. Alguns representantes dos coloridos insetos que eu capturava quando pousavam nos capitães também coloridos, na feliz infância.
Quando volto, meu reino tem rainha. E ela reina.
- Não precisava por tudo isso de óleo para fazer arroz.
- Se não por, o arroz fica seco e seu avô precisa de energia.
- A energia não vem do óleo, ele precisa de carboidrato.
E ela não está nem aí para os meus cientificismos de revista e programas de saúde na TV. É o melhor arroz com quiabo, com salada, bife e feijão de todo o mundo.
- Por quê você plantou um alho-poró no meio do jardim e não na horta?
- É planta também e aqui é minha horta.
Manjericão, jurubeba, manga, goiaba, pimenta, pitanga, banana, caju, dália, rosa, pé de cana, acerola, orquídia, boldo, cebolinha,couve, jaboticaba, salsinha.
Desde cedo aprendi que aquele era o jardim mais plural e democrático que conhecia. Tudo ainda está lá e tem para todo mundo.
Hoje quando bebi um suco do limão que ela não deixou colher antes, que estava reservado para mim, pude ver que realmente no meu reino ele tem outro gosto. Não azedo como encontrei por aí.
- Quer açúcar no suco de laranja?
- Não, só tomo natural agora.
- Se quiser eu coloco um pouco, com gelo porque você sabe que eu gosto de tudo bem docinho.
Sei sim, e como eu cresci amando tudo que era tão docinho, feito de um néctar especial, de fonte única.
Pensei: Nossa! Como o limão ta com um gosto diferente. E é bom.
O bolor chegou na cozinha, em alguns cantos da parede. Há bibelôs mancos que ainda lutam com a gravidade e ocupam quase que a mesma posição. Há acúmulo de coisas no quintal.
Digo: - Por quê você junta tanta coisa que não usa? Penso: faço a mesma coisa.
A falta do reboco na parede, a ferrugem na porta e a madeira apodrecida me incomodam; mas o cheiro de dama da noite ainda entra todos os dias pela janela e toma conta da casa sem pedir licença.
Cada vez que vou embora tenho mais medo que o tempo pese sobre esse reino que eu deixei. Não sobre o bolor, sobre a ferrugem, sobre a tinta das paredes ou sobre os panos envelhecidos.
No abraço do reencontro ela pergunta: - O que você achou lá que não volta de vez?
Eu sem saber o que responder, digo:
- Eu não posso voltar.
Volto. Bebo suco de limão que não é limão. Como o pior arroz, caro e sem gosto pra saber que no meu reino tudo é tão diferente.
E mesmo com o medo enorme do tempo me castigar com a ausência dela, eu parto. Minha ausência já a castiga; mesmo sabendo que preciso ir ela finge irracionalidade e pergunta por que eu não fico mais.
- come um chocolate.
- eu acabei de almoçar.
- toma um iogurte então.
- mas eu acabei de comer.
- vou por um copo de vinho pra você.
Sentada numa cadeira no jardim, em meio a tanto verde e sob um céu ardentemente azul com nuvens de paina, ela sempre vai reinar.
Quando o portão bate; tudo é só saudade.
quinta-feira, 12 de abril de 2012
Contra ou a favor ? (Placar de jogo no aborto ? )
Tem assuntos que não dá nem para jogar na roda.Até poderia, se eu tivesse nascido na Finlândia,mas essa não foi minha sorte.Estou aqui em um país lindo, maravilhoso,cheio de belezas naturais,que odeia a mulher.Machismo é pouco,o Brasil é misógino, retrógrado e totalmente convencido de que as mulheres tem retraso mental, por tanto não podem ser donas do próprio corpo.
Diante da votação de hoje, em relação ao aborto de anencéfalos, as pessoas se dividiram em dois grupos, contra e a favor,como se fosse um jogo de futebol.
O aborto discutido em cima disso,contra ou a favor.Apenas isso.Esqueceram que é um problema de saúde pública que envolve muitas questões, não apenas uma.
Mas isso não foi suficiente.O grupo a favor tenta argumentar,o grupo contra é religioso,o que em si fecha a questão, difícil dizer alguma coisa quando as pessoas juram que trazem recados de Deus.
Virou uma questão do século XVII, não pode ser mencionada sem levantar grandes paixões, pessoas carregando cartazes e clamando pelos Deuses.
Por que tudo relacionado a mulher causa tanto mal estar?O que existe em nós que desestrutura o pensamento machista, assusta os homens, paralisa a sociedade e levanta o ódio dos religiosos ?
O aborto é não é uma questão feminina, já que eu não conheço nenhuma mulher que engravide sem um homem.Não é comum sair para comprar roupas e engravidar nos provadores sozinha.O aborto é uma questão social e isso é um problema da sociedade inteira. Não existe essa opção de ser contra ou a favor.Se a mulher decide abortar e o sistema não apóia,ela cai em clínicas clandestinas.Isso tem um preço para a sociedade, por ano são centenas de mulheres que morrem de hemorragias ou saem de lá estéreis.Se a mulher decide ter um filho sem condições, sem o apoio do Estado , existe um probabilidade enorme dessa criança,que cresce sem nada, se tornar um peso para a sociedade.
Fácil dizer que é contra o aborto.Quantos apóiam a mulher que tem o filho sem condições de cuidar ? Onde estão os grupos religiosos para garantir a essa mãe que essa criança tenha seus direitos ?
Fácil ser a favor do aborto quando não existe estrutura na rede pública de saúde e clínicas para realizá-lo.
Assunto fácil de dizer se é contra ou a favor.Mais fácil ainda se é um homem que vai decidir.Ora, o que ele pode saber sobre isso ? Homens não sabem sobre o aborto o principal, que não é uma questão das mulheres, é uma questão da responsabilidade deles também ,é um ponto onde eles tem obrigação de participar,mas não de uma maneira patriarcal e machista, visando punir a mulher, mas sim entendendo que é uma questão que envolve a todos.
Enquanto se fala do aborto como se fosse um placar de jogo,ele vai sendo empurrado para debaixo do tapete.São muitos os gritos dos grupos religiosos,o machismo que trata a mulher como se fosse um objeto,a sociedade que não gosta de polêmicas e o desconforto que o tema causa.E as mulheres ?Não sei, ninguém perguntou nada a elas,parecem invisíveis, sombras na parede,parecem ser a parte que menos importa.Todos falam do famoso feto, se é um ser humano antes das três semanas ou não é.O corpo onde ele está é propriedade do Estado e da Igreja e não tem voz.Muito se discute o direito a vida, o direito do feto se desenvolver ,mas não discutem os direitos da mulher, agem como se elas não existissem.Por isso mesmo essa discussão não vai levar a nada, impossível falar de aborto querendo ignorar a mulher. Mulheres não são incubadoras, nem páginas de livros, nem estatíticas e não podem esperar que o patriarcado perceba isso e mude a história.Nos fizeram invisíveis, mas não somos. Não somos placar de jogo,não somos apostas de contra ou a favor.Apesar de tudo o que fizeram e fazem, ainda somos nós, ainda somos mulheres e ainda podemos mudar os ventos .Mas que dessa vez seja ao nosso favor.
quarta-feira, 11 de abril de 2012
Impressão Minha?
E enquanto ainda ali aguardava, passei a perceber que ela vinha em minha direção. E quanto mais se aproximava, mais gélidas ficavam minhas mãos, mais raízes eu criava ali naquele chão e mais as palavras da minha mente corriam e se escondiam por trás de meu crânio, como se houvesse a caminho um tufão.
Boquiaberto e sem reação, tudo o que eu esperava era finalmente ver por trás de toda aquela elegância o azedume que tantos falavam. Esperei tanto que um lapso de memória tomou um pedaço do meu tempo.
E quando este se foi, ali estava ela retirando uma folha de papel impressa e respondendo com um sorriso por algo que eu havia perguntado sem nem eu saber o que é até hoje:
"- Não é não. Acho que é impressão sua!"
Encontre mais no livro Rascunhos Vivos
segunda-feira, 9 de abril de 2012
Poder de sol-de-amor
Antes de tudo, um amante da poesia e das palavras. Psicólogo de formação, professor por conviccão e artesão nas horas vagas. Como consigo fazer tudo isso? Não sei, apenas me aceito ser plural e não ser uma caixa estereotipada! Entre, acesse e descubra as maravilhas da pluralidade das Coisas do Luiz.
domingo, 8 de abril de 2012
ENTUPAM-SE
sábado, 7 de abril de 2012
sexta-feira, 6 de abril de 2012
C’est la vie…
“É a vida”.
A frase pode ser a mais batida e rebatida, gasta e desgasta, do jargão do ombro amigo, mas não deixa de ser verdadeira. Quem senão ela, afinal?
É ela que nos impõe que precisamos acordar todos os dias já sabendo que não vamos poder ser, fazer e ter tudo o que queremos. É ela que nos diz para armar uma defesa e dizer que está tudo bem. É ela, e a inevitabilidade dela, que nos tira do caminho que pensamos em seguir, muitas vezes em nome de algo que é mais seguro, e mais convencional. É ela que, provavelmente num dia de muito mau-humor, decide que não vamos escolher por quem nos apaixonamos.
Ainda assim, não diria que a vida é uma moça para ser odiada. Ela tem seus momentos, e suas maneiras de colocar uns anjos no nosso caminho pra nos ajudar com todas as sacanagens que ela mesma quis nos aplicar. E, afinal, não dá pra pensar em mudar isso. Não dá pra pensar em enfrentar um oceano em fúria apenas a nado.
“É a vida.”
Você sabe o que dizem, né? Se não ponde vencê-la, bom, junte-se a ela.
Talvez música, letra e videoclipe que definam meu 2012 até agora.
Queria aproveitar o espaço para fazer uma enquete: estou partindo para minha segunda tatuagem. Eu sei que a tradição manda deixar em número ímpar, mas só cabe mais uma na verba. E a dúvida cruel é: um relâmpago no pulso esquerdo (para quem não sabe, sou canhoto, portanto a mão esquerda é a mão da criação, e a simbologia do relâmpago seria perfeita) ou “mot” (“palavra”, em francês) no braço, na parte que comumente representa a “força”?
Não sei quem eu sou, mas continuo sendo, mesmo porque nunca fui outra coisa. E ao mesmo tempo já fui de tudo. Vai entender.
quinta-feira, 5 de abril de 2012
Fole
tinha
um
cu
até
lhe
conhecer
Cleyton Cabral vê história em tudo. É contista, dramaturgo, publicitário e faz bico de poeta.
@cleytoncabral
www.cleytudo.com
quarta-feira, 4 de abril de 2012
Luiza, a poetisa que queria me matar
É difícil identificar quando o primeiro sintoma apareceu. Até porque ela nunca foi uma mulher comum – sempre teve essa criatividade meio irascível, selvagem mesmo. Mas, se eu tivesse que organizar esse processo de forma cronológica, diria que ele teve início nos azulejos do banheiro da nossa casa.
Tenho memórias que são quase, tenho memórias inteiras, tenho memórias que me escapam mente afora.
E-mail: tatilazz@gmail.com








