Estreei neste blog em há cinco meses atrás. Não fiz cinco textos, uma vez que a mesma pandemia que me empurrou para este espaço também me tomou o tempo necessário para a manutenção de uma regularidade. Contudo, é hora de uma de pequena volta no tempo. Hoje, se faz necessário destacar o porquê da escolha pelo dia 25 de cada um dos dias disponíveis em um mês para me escrever um texto neste blog. .
Trata-se de um motivo muito simples, é o dia do aniversário de um indivíduo muito especial. Cujas mensagem e reflexões ainda são incompreendidas pelas pessoas em pleno século XXI. Uma figura que pode ser muito polêmica. Que gosta de um vinho e de peixe. Não sei se o maior psicólogo que já existiu, mas é alguém que, sem dúvida, sabe ouvir. Condena os vendilhões do templo e os falsos profetas. Um exemplo de conduta e rebeldia. Este é… ou melhor, este sou eu. E dia 25 de novembro é o meu aniversário. E, em 2020, estou completando 37 anos de vida.
Não sou fã de comemorar aniversários, me incomoda ser o centro das atenções. Não que não goste, afinal, sou professor, logo, estar nesta posição, em alguma medida, faz parte da minha rotina. Mas, em sala de aula há uma certa responsabilidade de minha parte em estar neste lugar, já que permiti que minha trajetória seguisse o rumo do magistério. E ali, sem dúvida fico muito à vontade, inclusive, nas salas de aulas remotas. Quer, dizer, lá no fundo, eu sabia que, em alguma medida, ser professor me traria uma série de (micro) alegrias) e daria uma espécie (micro?)poder que me seduziu - vejam que me deixo levar por pouco, ainda mais se levarmos em consideração o poder de figuras como o Thanos correm atrás - e ser o centro da atenções seria um mal necessário com o qual arcar por toda minha carreira.
Mas, não escolhi o dia que nasci. Ou melhor, não tenho responsabilidade alguma pela centralidade conferida à pessoa ao final de um ciclo de 365 dias (às vezes 366) como um tradição de longa data. E a centralidade ali se impõe. Não está nem aí para minha vontade. É mesmo violenta, ainda que o afeto recebido e as lembranças - muitas vezes recheadas de uma surpresa por virem de onde, às vezes, não esperamos - sejam bastante gratificantes.
Bom tudo isso pode soar contraditório, tendo em vista que escolhi justamente o dia 25 que - uma vez por ano será o dia do meu aniversário - para ser o centro das atenções neste blog. Reconheço minha responsabilidade nisso. Não obstante, talvez não passe de um ato falho. Aí, já é caso para minha terapeuta analisar. Talvez leve isso para ela, na próxima seção. E, no ano que vem, quando passarei por esse momento novamente, eu conte para vocês, o que ela achou da escolha do dia 25, como meu dia, no blog das 30 pessoas.