sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016
Dizeres em torno do cinema - ou não.
quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014
O roubo da sétima arte
quinta-feira, 22 de agosto de 2013
Gen - Pés Descalços
quinta-feira, 22 de novembro de 2012
A invenção da infância
A infância é, portanto, além de uma invenção sem grandes êxitos, um tema profundamente delicado e importante. E é com delicadeza, mas também com muita seriedade, que este tema é trazido nos singelos 26 minutos do documentário "A invenção da Infância", de Liliana Sulzback, que recomendo a todos os que se interessaram por este texto inteiramente inspirado no curta que pode ser visto aqui.
domingo, 22 de janeiro de 2012
Lá vem o Chaves! Chaves! Chaves!
sexta-feira, 7 de outubro de 2011
Ama-me Menos, Mas Ama-me Por Muito Tempo
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Ismael, Julie e Alice: Ménage À Trois |
Mas pera... É um musical? É - e não é. Se você espera algo no melhor estilo "A Noviça Rebelde", cai fora. Les Chansons é modernoso; as músicas são extremamente pops, daquelas que grudam no ouvido, e os números tem um quê de videoclipe. Portanto, até aqueles que não são muito chegados ao gênero se rendem ao delicioso triângulo amoroso formado por Ismael, Julie e Alice. Até que Julie morre e a vida de todos vira de ponta-cabeça, abrindo novos caminhos, novas possibilidades. Aliás, esse é o charme do filme. O enredo caminha para um lado diferente daquele que a gente supõe, como a vida deveria ser. Afinal, quem nunca se encontrou numa dessas esquinas, sem saber qual caminho se deve seguir?
domingo, 7 de agosto de 2011
Vem Cá... Eu Te Conheço?
Nesses anos todos navegando por aí, confesso que já me envolvi emocionalmente com algumas pessoas pela internet. Quem não, que atire a primeira pedra. Tá, foi tudo muito soft, no campo da brincadeira, coisa e talz. Mas confessso que já esbarrei com algumas Abbys, Angelas e Megans. Gente que inventa uma vida que não tem, cria um rosto que não é o seu - e o mais assustador é que, quase sempre, esses rostos têm donos, ou seja, eles roubam fotos em perfis de sites de relacionamentos -, criando uma teia de mentirinha onde, acreditem se quiser, tem gente que acaba por se envolver.
Pra quem gosta do gênero, fica a dica. Catfish é um ótimo filme - documentário, thriller, drama, ainda não sei como definí-lo -, que entrou fácil para a lista dos meus preferidos. Em tempos de Facebook e afins, bacana ver um filme que faça esse tipo de reflexão. Uma reflexão que, confesso, me assustou. A mim, pelo menos, que sou do tempo em que fazíamos amigos na escola, no campinho de futebol ou no cursinho de Inglês.
quinta-feira, 7 de julho de 2011
QUERO ME COMER
Pra quem tá lendo essas primeiras linhas e já tá apostando que o meu texto é sobre cinema, quebrou a cara feio. Comecei falando do filme porque, ultimamente, tenho pensado muito nele. Tudo porque voltei para a academia. E toda vez que eu tô lá, me matando no crucifixo inverso, me vem à cabeça a história do Morris e toda a sua aventura para fugir daquele lugar.
Tá, eu odeio academia. Mas se odeio, porque tô malhando, então? Explico: eu fui uma criança muito, muiiiito franzina. Magrelo mesmo. E como na minha geração existia o pensamento que criança saudável era criança rechonchuda, toda a comida e vitamina que me puseram pra dentro, um dia, fez efeito. Daí, já viu. O molequinho puro osso se transformou no adolescente fofinho que não quis se tornar o adulto fofão e que, portanto, tratou de brigar com a balança. Ok, eu venci a disputa (acho). Perdi todos os quilos extras e, desde então, nunca mais voltei a engordar. Acontece que prum cara de 1,70m (descobri na avaliação que, na verdade, é 1,68m, mas nem fodendo eu dou o braço a torcer) com menos de 60 kg, um corpinho mais definido não caía nada mal. E lá foi o Marcelo pro "Projeto Verão Intenso", prometendo que a estação mais quente do ano é minha, vou abalar corações e pegar geral; mulher, homem, cachorro e bananeira. Respirei fundo, criei coragem e procurei a academia mais próxima. Fiz matrícula, avaliação e parti pra primeira aula. E enquanto sujava as calças fazendo o tal crucifixo inverso, me imaginei o próprio Clint, traçando planos mil pra me mandar dali e refugiar na biblioteca mais próxima.
Lembrei de todas as situações vexaminosas que passei das outras vezes que malhei. Já morri levantando “pesinho-de-mulé”, já fiquei preso no Leg Press, já fui pego pelo professor roubando na série, mas o grande ápice foi quando, um dia, esperando minha vez num aparelho, fui abordado por um rapaz, perguntando se eu queria revezar. Revezar soou muito gay, de cara. O que não é exatamente ruim pra quem que pegar mulher, homem, cachorro e bananeira. Revezei, né? O pior mesmo foi ter que vê-lo se requebrando diante do espelho, enquanto eu punha os bofes pra fora, se olhando e desejando, mordendo os beicinhos como quem diz “EU ME AMO, EU ME AMO, EU QUERO ME COMER!”. Saí de lá antes que ele me comesse e fui afogar as minhas mágoas lendo Tolstoi e tomando Milk Shake, jurando que, só morto, pisava novamente num lugar daqueles.
Paguei a língua, né? Tô eu aí, mais uma vez, tentando dar um tapa no corpitcho. E, dessa vez, juro que não desisto, mesmo levantando “pesinho-de-mulé”, mesmo ficando preso no Leg Press e - OH, CÉUS - tendo que encarar os EU ME COMIA que encontrar pela frente.
Ah, se eu fui pra academia hoje? Bem, hoje não, né? Sabecumé, tinha o post do Blog das 30 Pessoas pra escrever. Mas amanhã, eu juro, tô lá... Firme. E forte.
Eu acho.
domingo, 6 de junho de 2010
Memória Cinematográfica
domingo, 28 de março de 2010
Vá ao Cinema
Sinto falta do barulho no cinema. Pronto, falei! E que todos saibam que cinema é experiência coletiva para ser compartilhada com a pessoa ao lado. E isso inclui risadas espontâneas, cochichos e comentários, disputas pelo encosto de braço e chutes na cadeira da frente.
E que, ao contrário do que o Cinemark diz, você pode, sim, deixar pipoca cair no chão. E se um celular ou outro tocar uma vez, ou outra, tudo bem, faz parte. Pra gente lembrar, desligar, e perceber que estamos diante de um portal pra um mundo paralelo bem nosso, uma experiência cinematográfica explorada em som e imagem para que você se desligue do planeta azul e preste atenção do que está ali, na tela. Verdade ou não, esse é seu mundo por 90 ou mais minutos, caso você esteja assistindo algum filme do Peter Jackson.
Quem quer silêncio daqueles absolutos de se ouvir a respiração que espere e alugue ou DVD ou vá ao The Pirate Bay.org e resolva sua vida. Sou fã de cinema, sou fã de filmes e fã DO cinema. Da sala, dos bancos, das cabeças mais altas que sentam à minha frente e me impedem de ver algumas cenas. E filme foi feito pra ver assim, aos montes, em grupos, em bandos.
Cinema é arte. Seja a sétima ou que número for, deve ser apreciada como tal. Seu veículo principal não é a cópia pessoal, o DVD, o *.mpg, mas a telinha, ver se os outros estão rindo. Ouvir alguém soluçar de choro, do outro lado da sala. Os bancos balançando de casais se pegando no fundo, lá no escurinho.
Não há registro de arte tão cara e elitista. Mesmo independente, fazer filme custa muito dinheiro. Não há sentido em fazer isso para poucos. Fazer um filme cabeça para dois ou três seria criar uma cultura que valoriza as bundas dos assentos mais caros do pedaço. Vamos popularizar o cinema. Menos glamour e mais arte. Menos papo-cabeça e mais bundinhas nos assentos, por favor. Vamos qualificar nossas poupanças. Em vez de dar pão e circo, sugiro pipocas!
Aqui, o que vale mesmo é inovar, ir além, conhecer as regras do jogo e mudá-las. Brincar com o visual. Sentir o 5.1 Dolby Surround estourar os seus tímpanos. Assistir a David Lynch e não dormir. Ver Woody Allen e não bocejar. Spielberg e sua máquina de sonhos, Spike Lee e seu engajamento ever-present, a competência de Clint Eastwood e a medriocridade de Ron Howard. Isso é cinema. Isso é gostar de cinema. Veja filmes. Vá ao cinema.