Alcatraz, Fuga Impossível é um filme, do finalzinho dos anos 70, estrelado por Clint Eastwood, que conta a história verídica de Frank Morris, um sujeito que conseguiu meter o pé daquela que, talvez, tenha sido a prisão de segurança máxima mais conhecida do mundo e que nunca mais foi visto.
Pra quem tá lendo essas primeiras linhas e já tá apostando que o meu texto é sobre cinema, quebrou a cara feio. Comecei falando do filme porque, ultimamente, tenho pensado muito nele. Tudo porque voltei para a academia. E toda vez que eu tô lá, me matando no crucifixo inverso, me vem à cabeça a história do Morris e toda a sua aventura para fugir daquele lugar.
Tá, eu odeio academia. Mas se odeio, porque tô malhando, então? Explico: eu fui uma criança muito, muiiiito franzina. Magrelo mesmo. E como na minha geração existia o pensamento que criança saudável era criança rechonchuda, toda a comida e vitamina que me puseram pra dentro, um dia, fez efeito. Daí, já viu. O molequinho puro osso se transformou no adolescente fofinho que não quis se tornar o adulto fofão e que, portanto, tratou de brigar com a balança. Ok, eu venci a disputa (acho). Perdi todos os quilos extras e, desde então, nunca mais voltei a engordar. Acontece que prum cara de 1,70m (descobri na avaliação que, na verdade, é 1,68m, mas nem fodendo eu dou o braço a torcer) com menos de 60 kg, um corpinho mais definido não caía nada mal. E lá foi o Marcelo pro "Projeto Verão Intenso", prometendo que a estação mais quente do ano é minha, vou abalar corações e pegar geral; mulher, homem, cachorro e bananeira. Respirei fundo, criei coragem e procurei a academia mais próxima. Fiz matrícula, avaliação e parti pra primeira aula. E enquanto sujava as calças fazendo o tal crucifixo inverso, me imaginei o próprio Clint, traçando planos mil pra me mandar dali e refugiar na biblioteca mais próxima.
Lembrei de todas as situações vexaminosas que passei das outras vezes que malhei. Já morri levantando “pesinho-de-mulé”, já fiquei preso no Leg Press, já fui pego pelo professor roubando na série, mas o grande ápice foi quando, um dia, esperando minha vez num aparelho, fui abordado por um rapaz, perguntando se eu queria revezar. Revezar soou muito gay, de cara. O que não é exatamente ruim pra quem que pegar mulher, homem, cachorro e bananeira. Revezei, né? O pior mesmo foi ter que vê-lo se requebrando diante do espelho, enquanto eu punha os bofes pra fora, se olhando e desejando, mordendo os beicinhos como quem diz “EU ME AMO, EU ME AMO, EU QUERO ME COMER!”. Saí de lá antes que ele me comesse e fui afogar as minhas mágoas lendo Tolstoi e tomando Milk Shake, jurando que, só morto, pisava novamente num lugar daqueles.
Paguei a língua, né? Tô eu aí, mais uma vez, tentando dar um tapa no corpitcho. E, dessa vez, juro que não desisto, mesmo levantando “pesinho-de-mulé”, mesmo ficando preso no Leg Press e - OH, CÉUS - tendo que encarar os EU ME COMIA que encontrar pela frente.
Ah, se eu fui pra academia hoje? Bem, hoje não, né? Sabecumé, tinha o post do Blog das 30 Pessoas pra escrever. Mas amanhã, eu juro, tô lá... Firme. E forte.
Eu acho.
Pra quem tá lendo essas primeiras linhas e já tá apostando que o meu texto é sobre cinema, quebrou a cara feio. Comecei falando do filme porque, ultimamente, tenho pensado muito nele. Tudo porque voltei para a academia. E toda vez que eu tô lá, me matando no crucifixo inverso, me vem à cabeça a história do Morris e toda a sua aventura para fugir daquele lugar.
Tá, eu odeio academia. Mas se odeio, porque tô malhando, então? Explico: eu fui uma criança muito, muiiiito franzina. Magrelo mesmo. E como na minha geração existia o pensamento que criança saudável era criança rechonchuda, toda a comida e vitamina que me puseram pra dentro, um dia, fez efeito. Daí, já viu. O molequinho puro osso se transformou no adolescente fofinho que não quis se tornar o adulto fofão e que, portanto, tratou de brigar com a balança. Ok, eu venci a disputa (acho). Perdi todos os quilos extras e, desde então, nunca mais voltei a engordar. Acontece que prum cara de 1,70m (descobri na avaliação que, na verdade, é 1,68m, mas nem fodendo eu dou o braço a torcer) com menos de 60 kg, um corpinho mais definido não caía nada mal. E lá foi o Marcelo pro "Projeto Verão Intenso", prometendo que a estação mais quente do ano é minha, vou abalar corações e pegar geral; mulher, homem, cachorro e bananeira. Respirei fundo, criei coragem e procurei a academia mais próxima. Fiz matrícula, avaliação e parti pra primeira aula. E enquanto sujava as calças fazendo o tal crucifixo inverso, me imaginei o próprio Clint, traçando planos mil pra me mandar dali e refugiar na biblioteca mais próxima.
Lembrei de todas as situações vexaminosas que passei das outras vezes que malhei. Já morri levantando “pesinho-de-mulé”, já fiquei preso no Leg Press, já fui pego pelo professor roubando na série, mas o grande ápice foi quando, um dia, esperando minha vez num aparelho, fui abordado por um rapaz, perguntando se eu queria revezar. Revezar soou muito gay, de cara. O que não é exatamente ruim pra quem que pegar mulher, homem, cachorro e bananeira. Revezei, né? O pior mesmo foi ter que vê-lo se requebrando diante do espelho, enquanto eu punha os bofes pra fora, se olhando e desejando, mordendo os beicinhos como quem diz “EU ME AMO, EU ME AMO, EU QUERO ME COMER!”. Saí de lá antes que ele me comesse e fui afogar as minhas mágoas lendo Tolstoi e tomando Milk Shake, jurando que, só morto, pisava novamente num lugar daqueles.
Paguei a língua, né? Tô eu aí, mais uma vez, tentando dar um tapa no corpitcho. E, dessa vez, juro que não desisto, mesmo levantando “pesinho-de-mulé”, mesmo ficando preso no Leg Press e - OH, CÉUS - tendo que encarar os EU ME COMIA que encontrar pela frente.
Ah, se eu fui pra academia hoje? Bem, hoje não, né? Sabecumé, tinha o post do Blog das 30 Pessoas pra escrever. Mas amanhã, eu juro, tô lá... Firme. E forte.
Eu acho.