Não era Sati. Era um macho.
Um elemento ativo, não feroz, mas nocivo ao bem-estar comum.
Ao menos ao bem-estar de nossos sonos.
Foi recebido com alimento e água. Retribuiu com carícias características dos gatos, ao resvalar seu corpo peludo em nossas pernas. Estaria perdido?
Fizemos um anúncio, procuramos por alguém que o estivesse procurando.
Ninguém respondeu.
E ele voltava todas as noites. E, após muitas noites, voltava também todos os dias.
Foi ficando, e ficou.
O que mais me admira em sua personalidade é a audácia. Audácia de chegar chegando, de acordar todo mundo com seus miados, de se aproximar destemido de humanos e gatos, de entrar e ficar. E de sair, se assim desejar.
Ele sai e não explica onde vai. E a gente fica sem saber se ele vai voltar.
Mentira, no fundo, sabemos, torcemos pra ele voltar e sempre volta!
E um dia, por descuido ou ousadia, ele gostou de ficar.
O audacioso Macchu Picchu, dormindo confortavelmente no sofá da sala |
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