Vai ano, vem ano… a gente acha que amadureceu, mas quando se dá conta continua cometendo as mesmas burradas.
Por que será que caímos em tentação tão facilmente e quebramos regras que nós mesmo criamos para nos proteger, baseados em nossas experiências traumáticas passadas?
A regra era clara: “Não dê moral pra gay que ainda não saiu totalmente do armário!”
E qual é a primeira coisa que eu fiz na virada? beijei um gay que não saiu totalmente do armário...
- “Qualé, ano novo! vida nova! vai ser diferente!” pensei, ignorando todos os sinais claros que já havia aprendido a definir no passado, mas que por algum motivo foram totalmente ignorados. 10 segundos! Apenas 10 segundos após a virada foi o tempo que eu demorei pra cometer o primeiro erro de 2024. Eu queria entender o que se passou pela minha cabeça. Eu sabia que estava fazendo besteira e mesmo assim cliquei em “estou ciente e desejo continuar”.
Por quê? Eu não sei, minha língua estava ocupada demais pra prestar atenção. Que erro! E o desfecho? nem merece ser comentado, vou poupar os leitores por enquanto.
Mas é incrível como todas as experiências passadas não me ensinaram nada. Será que a gente realmente acredita que “agora vai ser diferente”? ou só sonhamos com o momento em que seremos a exceção à regra?
É até simbólico ter cometido um erro do passado no ano novo. Costumamos encarar essa data como um momento de renovação, como uma nova porta se abrindo, um caminho para novas aventuras, mas quase nunca paramos para refletir sobre o que já passou:
Como foram formadas as paredes que sustentam essa nova porta?
De onde partiu esse caminho?
Olhar para trás, pras nossas experiências, validar nossas regras e vivências é essencial para evoluir.
“Uma POC que não conhece sua História está fadada a repeti-la.” e dói pra caramba!
(adaptação da frase de Edmund Burke)
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