No olho do furacão, parei.
Respirei.
Desconectei-me de tudo ao redor.
Inspirei.
Expirei.
Senti o ar nos meus pulmões.
O universo vibrava em cada uma das minhas moléculas.
Do micro ao macro, a vida é fascinante.
O infinito em minha alma.
Há uma força intrínseca e fulminante nas minhas entranhas
emocionais, exalando, pelos meus poros, aromas de saudade.
A gravidade é individual.
Gravitacionando, onde o tempo espaço estão imersos na teoria
da relatividade, ouço uma voz me chamando para terra “acorda, Alice, é o País
das Maravilhas”.
Sigo rabiscando meus pensamentos na tentativa de deixá-los
nus.
Sigo implacavelmente.
Tudo está tão conectado que sinapses fazem com que eu me
sinta em um dejà vu cíclico.
A relatividade do tempo espaço, o eterno pode durar um
fragmento de segundo.
A transitoriedade.
O efêmero.
É tudo tão intenso e, ao mesmo tempo, tão sereno.
Eu já não vejo o furacão. Eu pertenço ao furacão.
Sou um caos na criação. Mas eu me encontro nesse caos.
O tempo segue implacavelmente e eu não tenho mais certeza
além desse instante. De concreto é só o segundo, transitório e impalpável.
Gravitacionando...
Tudo é fluidez. Não consigo pseudo-viver, nem pseudo-sentir.
Não consigo permanecer aonde não sinto impulsos de vida.
Entorpecendo meus sentidos, lenta e gradativamente, é a
essência mais genuína se expandindo pela via láctea.
A via láctea é uma molécula que dança percorrendo todo meu
corpo, que me impulsiona a criar, e nem o céu é o limite.
Criar é a minha gravidade individual, é o que me faz
respirar, é meu impulso de vida.
Trilha sonora do post - Molecules To Minds: https://www.youtube.com/watch?v=NICeQJAEfCs
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