quinta-feira, 9 de abril de 2020

Poesia na pandemia

Álcool em gel para matar os vírus, álcool destilado para matar o tédio.
Mercado cheio, botijão de gás vazio.
Falta dinheiro, falta ânimo, falta de ar.

Céu limpo, consciência suja.
Coronavírus, mate o presidente.

Fique em casa. E quem não tem casa?
Lave as mãos. E quem não tem água e sabão?

Tempo de solidariedade, de coragem, de recolhimento.
Tempo de repensar hábitos, modelos, prioridades.
Tempo de valorizar a pesquisa, a ciência e a saúde pública

Quando isso vai passar?
Quando essa loucura vai acabar?

Medo de nada mais ser como antes.
Medo de tudo voltar a ser o que era antes.


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