Poetas morrem cedo
Já é tarde ainda vivo
Sábios nunca morrem
É verdade eu vi num livro
Estava na capa
Prazer é o que compensa os riscos
Venda seu peixe no mercado
Deixe nas mãos dos homens ricos
Buscava deuses recebi moedas
Queria flores recebendo pedras
Incompreendido
Paguei o preço
Saiu barato
Fazer ateu rezar um terço
Nas mãos dos mesmos dólar
Ganhando peso em peso
Beirando o teto negro
Culpados saindo ileso
Eu vi afeto e fuego
Via branco e preto
Eu só não via eu mesmo
Mas ganhei espelhos
Fluindo no erro
subi no acerto
Deixei o certo
Carreguei em cotas
Construí em morros
Duvidei de todos
Caminhei de costas
Afundei na neve
Caí na encosta
Matei um bicho
Virei, fui embora
Partindo as toras
Marchei no frio
Ignorado por plurais
Fui singular mais de oito hora
Larguei as armas
Deixei minhas botas fora
Soltei um fio no toca disco pra ouvir
a vida inteira é isso?
Respostas dormindo em notas
Sonhos prevendo o futuro
Só acordei agora
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