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terça-feira, 9 de junho de 2015

Sobre o tempo

E o tempo passou tão rápido que só hoje percebi que dia era ontem...

O tempo existe e acaba desde o início de tudo (e até antes).
O tempo é relativo.O tempo é velho.
O tempo é rei.O tempo cura tudo.O tempo não pára.
Não temos tempo a perder.
Não temo o tempo perder.

O tempo é complexo. De tal forma que os gregos antigos desenvolveram três conceitos distintos para defini-lo: Chronos, Kairós e Aeon. O primeiro seria o tempo cronológico, que pode ser mensurado, com um princípio e um fim. O segundo refere-se a um momento indeterminado no tempo, em que algo especial acontece, o tempo da oportunidade. Já o terceiro conceito, é um tempo sagrado e eterno, sem uma medida precisa, um tempo da criatividade onde as horas não passam cronologicamente.

Nós estamos mais acostumados com o conceito Chronos, no qual nos baseamos para pensar nas horas, nos dias e nos anos. Mas provavelmente já nos deparamos com Kairós e Aeon em algum(ns) momento(s) de nossas vidas.

Sei que o tempo é um grande amigo, que trás consigo sabedoria para valorizar as coisas que realmente importam e deixar passar o trivial. No entanto, ás vezes sinto-me esmagada pelo tempo, parece que passa tão rápido e que não pude aproveitá-lo adequadamente.

Horas de insônia que parecem meses e meses que, quando nos damos conta, puf! Já se foram.    

É um presente que nos é dado desde nossa existência, e cada um faz dele o que bem desejar, mas que, se não for bem usado, irá cobrar lá na frente, na forma de um amargo arrependimento. 

E você, o que tem feito com seu tempo?










quinta-feira, 9 de abril de 2015

Sobre o tédio


Cazuza preferia Toddy ao tédio*. Eu concordaria, não fosse minha intolerância à lactose. Assim, prefiro o tédio à emoção de acompanhar as reações hostis do meu corpo contra a bebida tão simpática e aparentemente inofensiva.
O fato é que o tédio lembra aquele vizinho chato, que vira e mexe te faz uma visita e você faz de tudo pra se livrar dele, mas não é uma tarefa muito fácil. Ele não vai embora por vontade própria, exige um certo esforço.
Geralmente vem acompanhado da preguiça, da chatice e da falta de inspiração.
Mas não serei injusta com o tédio, até mesmo ele tem um lado bom. Por incomodar, nos obriga a mudar, a pensar fora da caixa.
O tédio pode até tomar seu corpo e sua mente por algum tempo, mas, assim como o vizinho chato, alguma hora ele vai ter que ir embora, ele obriga você a ser criativo, a pensar em como fará para se livrar dele, e quando isso ocorre, pode ficar até melhor do que era antes dele aparecer!
Então, na próxima vez que o tédio entrar sem bater e nem pedir licença em sua casa, não tente enxotá-lo. Seja legal com ele, ofereça um café, troque uma ideia, quem sabe você pode sugerir algo para ele fazer longe de você, ou para você fazer longe dele, e enfim dar lugar ao conhecido ócio criativo? Porque até o vizinho chato pode salvar nosso dia emprestando uma xícara de açúcar.

*A frase é originalmente da escritora Ledusha Spinardi.


Tédio- Bíquini Cavadão