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quinta-feira, 5 de abril de 2018

Sobre fases

Tenho uma relação de amor e ódio com o clichê. Nos odiamos sim, mas não sabemos viver um sem o outro. E teria algo mais clichê do que encerrar uma fase de minha vida com um textão??

Me diverti muito escrevendo nesse blog, ele deu razão para as minhas poesias, que boas ou ruins, me completam e inspiram. Foi inspirador compartilhar um mesmo espaço com tantas ideias diferentes, tantos pensamentos "aleatórios" e principalmente: as mais diversas razões para a arte de verbalizar.

Pude conhecer um pedacinho de cada um através de suas palavras e foi muito divertido. Entretanto, receio que essa fase da minha vida tenha terminado, ou quem sabe, apenas pausada. O fato é que novos ares já chegaram. 

Sempre vem a cabeça a boa e velha desculpa do "não tenho tido tempo", porém acredito que a falta de tempo é o eufemismo da falta de motivação, ou quem sabe, da seleção de outras motivações. Sinceramente, neste momento tenho sido mais espectador do que atuante e de fato isso tem me bastado. Mesmo que a cabeça nunca pare. 

De qualquer forma, esses novos ares pedem reflexão e a decisão de um rumo (olha o clichê aí de novo), desta forma então que agradeço a todos os que leram minhas poesias e principalmente aos meus companheiros que colaboram todos os dias para o funcionamento deste Blog. Desta vitrine de ideias e ideais.

Agradeço de coração, foi muito bom e, quem sabe, até logo!

Fábio Fonseca

quinta-feira, 5 de outubro de 2017

INTOLERÂNCIA


Sou religioso
Sou teimoso
Sou rigoroso
Sou imbecil

Não te aceito
Seu conceito
Seu desfeito
Sou infantil

Sua diferença
Não me compensa
Sua desavença
Sou senil

Sua felicidade
Sua proximidade
Sua solidariedade
Eu sou viril

Tenho que me provar
Tenho que te odiar
Não sei o que pensar
Sou imbecil

Suas Cores
Seus amores
Seus temores
Seu feitio

Sua diversidade
Sua felicidade
Felicidade
Imbecil

Sou mesmo imbecil...

Fábio Fonseca

segunda-feira, 5 de junho de 2017

Mafalda

Então perdi alguém
Alguém querido, alguém tão próximo
Mas sei que jamais a perderei
Confuso?
Pois estes tempos também o são...

Perdi sim sua companhia
Sua presença
E até mesmo sua voz
Voz já carregada pela melodia do tempo

Mas não perdi sua sabedoria
Esta, me recuso a perder
Não há como perder suas memórias
Agora que também são minhas
Tantas histórias

Não perderei seus ensinamentos
Sua prosa e seu tricotar
Não perderei nenhum momento
Como naquelas tardes de chá em sua mesa

A casa já não era a mesma
Nem mesmo o ar o foi
O amor também não era o mesmo,
Porque amor verdadeiro cresce
Não se importa com distância ou barreiras

Tantas coisas descem da minha mente
Buscam os meus dedos
Querem ser relatadas
Revividas...

Uma história muito grande
Não cabe em uma madrugada
E nem em um punhado de papeis
Porém cabe no coração.
Cabe na memória.

É lá que a cultivarei
A honrarei
E principalmente
A brindarei com minha saudade.

Fábio Fonseca

sexta-feira, 5 de maio de 2017

Meu querido Verbo


Você que sempre foi vilão
Digno de qualquer quadrinho
Sempre causando confusão
Proporcionando este ou aquele errinho

Você que sempre teve mil faces
Sempre clamou por atenção
Hoje atravessa uma triste fase
E chora a falta de dedicação

Meu amigo que morre pouco a pouco
Vai sofrendo bem devagar
Quando alguém precisa “escrevê”
Que necessita comigo “falá”

Derrubaram por terra o seu charme
Derrubam assim o seu encanto
Busco meios de consolar-me
Mas o vejo perdido sempre aos prantos

Rogo então para não te “perdê”
Preciso de meu passado
Perfeito, imperfeito ou mais que perfeito
Preciso do meu futuro
De hoje ou de ontem

Então não morra meu amigo
Você que tem muitos sujeitos
Fique aqui comigo
Respeitaremos esse seu jeito

Fábio Fonseca