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terça-feira, 20 de outubro de 2020

Os maias estavam certos

Mandala do povo maia

Vira e mexe surge um boato de que o mundo vai acabar. Datas redondas, como virada de século, invasões alienígenas e conspirações religiosas são clássicos do apocalipse, que nos acompanham há milênios. Parece até o Osmar Terra, que desde março prevê o fim da pandemia para a semana que vem. Um dia ele acerta.


Entre as teorias mais recentes, a data de maior repercussão foi 21 de dezembro de 2012, o 13º b'ak'tun do calendário maia. Não faço ideia do que seja um b'ak'tun, perdi os outros 12 e nem percebi. Mas tem uma peculiaridade na suposta profecia maia. Eles acertaram!

Lembro que à meia-noite, no famigerado dia 21, pipocavam posts dizendo que o mundo não havia acabado. Escrevi que estavam esquecendo do horário de verão, de repente ainda faltava uma hora. Hoje considero mais provável que um mundo inteiro não acaba assim, num estalar de dedos. Ou o estalar de dedos cósmicos é mais duradouro que nossa fração de segundos.

O fato é que desde a profecia vivemos ladeira a baixo. Em 2013 as manifestações, que diziam não ser só por 20 centavos, foram só por 20 centavos. Não tiveram nenhum ganho além de postergar um aumento de passagem, que quando veio não foi de 20, mas de 50 centavos. Foi ali que o caldo começou a entornar.

No ano seguinte ganhamos até um bordão para o fim do mundo. Já faz seis anos que “todo dia é um 7x1 diferente”. E ultimamente quando marcamos um gol de lambuja saímos no lucro.

Durante o apocalipse em curso vivemos um golpe de estado, quando satã assumiu presencialmente por dois anos. Um genocida em nível mundial foi eleito. Pequenos genocidas locais foram eleitos. Um genocida tupiniquim foi eleito.

As mudanças climáticas chacoalham o planeta. Em 2014 a água acabou por aqui, nos anos seguintes teve enchentes em grandes cidades, um tornado varreu Santa Catarina, a Sibéria registrou recorde de 38° e agora nossos reservatórios secam de novo. Nesse ano já tivemos uma onda de frio acima da média em agosto, uma onda de calor acima da média em setembro, calor e frio em outubro.

Para não dizer que ficamos de braços cruzados diante da mudança climática, a floresta amazônica e o pantanal ardem em chamas, com direito ao presidente insistir que a floresta não pega fogo e culpar índios e caboclos pelo fogo, que supostamente a floresta é imune. Não precisa tentar entender.

Desde criança ouço que só alguns insetos nojentos sobreviveriam a um apocalipse. Naquela época eu achava que eram as baratas, mas pelo visto são os banqueiros e latifundiários mesmo, já que os bancos e o agronegócio seguem com lucros de vento em popa, independente da destruição que proporcionam.

Os maias acertaram, só não nos avisaram que o mundo não acabaria com um golpe seco e preciso, mas teria um fim lento e doloroso. Foram tantos 7x1 desde o 13º b'ak'tun que já torço para que a Covid-19 seja a cereja do bolo, temendo que o bolo ainda esteja apenas assando, no forno à lenha, alimentado pelas matas nativas.

* Deixe nos comentários seu sinal do apocalipse favorito! *

sexta-feira, 27 de dezembro de 2019

2019, o ano da coragem

2019 cumpriu sua promessa. Acompanhar as notícias de jornal virou uma espécie de tortura, uma sequência de catástrofes, mortes, desmatamento, desemprego, empobrecimento, todo o tipo de ameaça ao bem-estar presente e futuro da maioria da população.

Outro dia no Twitter rolou uma "corrente" na qual os usuários contariam sobre as coisas boas que lhe ocorreram neste ano. Algumas pessoas ficaram ofendidas porque não haveria espaço para celebrar nada num ano tão marcado pela destruição.

Minha percepção é que se assolou no país uma tristeza generalizada. Mesmo para aqueles que se identificam com o fascismo, ninguém me parece alegre ou satisfeito. Fora isso, temos o bom e velho capitalismo que exige cada vez mais das pessoas eficiência e dedicação plena à vida profissional. A competição extremada do mercado de trabalho gera angústia e instabilidade emocional. Muitas pessoas não conseguem sequer cultivar um hobby ou mesmo usufruir do seu tempo livre sem se preocupar em fazer algo útil.

A Companhia das Letras publicou uma palestra provocativa do Ailton Krenak chamada "Ideias para adiar o fim do mundo". Deixo aqui minha indicação de leitura para este final de ano. Fiquei muito tocada com o texto porque ele foi de encontro às minhas angústias com o fim do mundo cada vez mais próximo. 

Assim como eu, muitas pessoas se desesperam com o colapso ambiental e a luta homérica contra as injustiças sociais que parece não ter fim. O desespero leva ao pânico. Acho que é sobre isso quando o Ailton fala que não sabe se os brancos vão aguentar o fim do mundo. Mais de 500 anos desde a invasão portuguesa, mais de 500 anos desde o fim do mundo e ainda existem diversos povos indígenas no Brasil. E como eles resistiram?

Uma possível leitura é que eles resistiram criando sentido de viver em sociedade, gozando do prazer de estar vivo. Resistiram a ordem de integrar o "mundo dos zumbis", não permitiram que seus corpos ficassem tristes. Como disse o filósofo Deleuze, o poder necessita da tristeza porque é assim que consegue dominar: é pela alegria que temos potência de criar e resistir.

Termino o ano com essa reflexão: a urgência de recuperar a alegria de viver e a coragem para enfrentar a vida. Quando o mundo estiver pesado demais é preciso empurrá-lo de volta pra cima e respirar fundo. Se estamos nos encaminhando para o fim do mundo, podemos ao menos tentar adiá-lo como sugere o Ailton Krenak.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Liberte seu batom vermelho

Sempre digo que pensar nesse negócio de fim do mundo não é nada confortável. Sei lá, viver o futuro já é ruim. E se o futuro ainda for tenebroso, trevoso, apocalíptico, pra mim não consegue ser outra coisa diferente de assustador.

Vou confessar, né, tenho medo sim. Mas não a ponto de revogar minha vida e me enfiar na mesquita, rezar loucamente virada pra Meca com a esperança de ficar ‘sã e salva’ no dia do juízo final (o clone feelings). Prefiro não pensar nisso, sério. Quando chegam pra mim falando de 2012 e tal, falam com um sorriso no rosto que eu, francamente, não entendo. Talvez um sorriso de nervoso, ou de brincadeira de quem não acredita nem por reza braba nessa historia bobagenta. Não sei, mas como eu disse aí em cima, pra mim não é nada confortável.

Mas, pensando-não-querendo-pensar em fim do mundo me faz querer aproveitar o hoje. Uma vez, tem muuuuito tempo, ouvi por aí um negócio assim:

- Você sabe por que o agora se chama presente? O agora é uma dádiva, por isso o presente.

E, né? Que coisa mais brega, horrível, clichê e tal! Mas vou te confessar que a partir disso daí (que tem pelo menos uns cinco anos) adotei isso pra minha vida. E hoje vim dividir. E não se cansem das minhas filosofias baratas, façam-me o favor! haha

Você guarda o melhor vinho, as melhores louças, a melhor roupa e aquele batom vermelho-puro-luxo para um momento especial. Sempre fica esperando o momento certo pra usar aquele terno clássico ou os copos de cristal que ganhou no seu casamento. Esse momento pode se chamar agora.

Eu nunca espero nenhuma ocasião especial para usar nada. Nem tampouco me preparo para o fim do mundo. Todos os dias na minha vida eu saio de casa pensando em estar bem vestida (na medida do possível), ‘gastando’ (como muitos aí pensam) a minha melhor roupa, o melhor sapato. Não é porque aquela bolsa custou o olho da cara (para os meus singelos padrões, claro) que não uso ela no dia-a-dia. E, por favor!, eu não nado em piscina de dólares não. Tudo o que tenho aqui foi conquistado, uma coisinha de cada vez, com paciência e muita vontade. E eu valorizo muito. Então, todo dia é dia de usar o que tenho de melhor. Porque eu mereço o melhor.

Pra que a gente espera a visita de alguma tia fresca ou uma reunião de família pra tirar aquela toalha bordada do armário? Olha, eu acho que mereço esse mimo tanto quanto os outros. Então uso sempre, uso todo dia.

Por que, imagina só... Você aí, todo bonitão, pensando que um dia o fim do mundo vai chegar, ou até que a vida vai acabar e ainda não usou aquele perfume importado que sua ex-chefe te deu em dezembro de 92? Porque estava com dó de gastar e não encontrou o momento certo para usá-lo? Poxa, se não teve momento certo em 20 anos, que dirá em mais 20, ou 50, ou 100. Quem sabe o mundo não acaba e você vai arder no mármore do inferno carregando sua coleção inteirinha de canecas do Elvis Presley?

E pensando bem, meu!, as coisas não se acabam, né? Nunca ouvi na vida uma historinha sequer de um jogo de talheres de prata que tenha se acabado por uso contínuo. A não ser que você seja o incrível Hulk e, né, os destrua por pura intolerância.

Um pedaço de um texto de Mário Quintana, diz o seguinte:

"Um dia descobrimos que, apesar de viver quase um século, esse tempo todo não é suficiente para realizarmos todos os nossos sonhos, para beijarmos todas as bocas que nos atraem, para dizer o que tem de ser dito... O jeito é: ou nos conformamos com a falta de algumas coisas na nossa vida ou lutamos para realizar todas as nossas loucuras."

O fim do mundo não é bem vindo por aqui. Mas, se mesmo assim, você acredita que ele vai chegar, troque as coisas aí de cima por quaisquer outras. E viva suas loucuras agora, enquanto há tempo. Não esconda suas vontades nem o seu blazer no fundo do armário. As vontades nunca passam e a moda passa rápido demais, assim como a própria vida.














Liberte seu batom vermelho.


Foto por: Siri Stafford


twitter: @tabataaa

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Cotidiano Apocalíptico

Postado por Fernando Bonfim

No primeiro instante, ao fazer um exercício cerebral para escrever e divagar sobre fim do mundo, me veio à mente vários fins do mundo cotidiano que alguns já escreveram aqui. O fim do mês para um salário curto, o término de um relacionamento, o orgasmo mais frenético com a pessoa (ou as pessoas) que te dá mais tesão na face da terra, a demissão de um bom trabalho; enfim, todos os modos que nos desligamos desse mundo com a sensação derradeira de fim diário.

Até para aquele senhor que é pregador evangélico, o mesmo que afirmou que o mundo acabaria no dia 21 de maio deste ano sentiu o peso de uma segunda-feira 13. Ele foi vítima de um AVC e está hospitalizado nos EUA.

Seja com data marcada ou não, seja previsto por Nostradamus, incas, maias, astecas, constatado nas evidências bíblicas, provado por Stephen Hawking, lido na borra do café ou vislumbrado numa nota de um dólar dobrada no formato de origami do cão chupando limão...o mundo acaba todo dia, pra todo mundo de formas diferentes.

De forma coletiva o mundo também acaba ou então dá indícios claros de que estamos à beira de um fim próximo. Indícios esses, esfregados nas nossas caras todas as vezes que ligamos a TV, lemos os jornais ou consultamos qualquer site de notícias. Tais como:

  • Político ganhou proporcionalmente mais que Al capone . Ele embolsou R$ 20 milhões em dois meses, contra US$ 60 milhões do mafioso em 13 anos.
  • Brasil cresce, mas ainda é o país das desigualdades
  • Chinês vende um rim pra comprar um Ipad2
  • Trabalhamos 5 meses para pagar impostos;
  • Geisy Arruda vira atriz;
  • Programa da Sônia Abrão ganha helicóptero para exibir crimes do céu;
  • Susana Vieira vira cantora;
  • Mulheres fruta viram (sub) celebridades;
  • (acrescente aqui a sua lista pessoal)

Fica a pergunta sobre o fim deste mundo, que talvez até os mais céticos responderiam de maneira afirmativa e minha avó resumiria a situação com um alto e sonoro – “É o fim dos tempos mesmo”.

terça-feira, 7 de junho de 2011

"E O Mundo Não Se Acabou" ou "Nos Vemos em 2012"


A Mil chegará, de Dois Mil não passará”


 
   Quem nunca ouviu essas palavras saídas da boca da avó ou de alguma pessoa mais velha, que atire a primeira pedra.   A minha, por exemplo, vivia repetindo isso toda vez que dizia que o mundo estava perdido.  E quando a gente a inquiria, perguntando de onte tirara a informação, ela, cheia de propriedade, afirmava:  “Da Biblía, ué!”  Mentira.  Eu nunca li a Biblia de cabo a rabo, mas os que o fizeram, garantem que não há versículo nela que faça tal revelação.

   O fato é que o Apocalipse esteve para ocorrer diversas vezes ao longo da História.  Eu mesmo lembro do fim anunciado em 99.  Algumas semanas "atrás", o assunto voltou com todo gás, graças a um grupo religioso aí.  E, pra variar, o mundo continua no mesmo lugar.

   Existe uma música, do final dos anos 1930, chamada "E O Mundo Não Acabou", gravada originalmente por Carmem Miranda, que é, para mim, um dos retratos mais divertidos sobre o assunto.  Para quem não conhece o samba, taqui a letra:


" Anunciaram e garantiram que o mundo ia se acabar
Por causa disto a minha gente lá em casa começou a rezar
Até disseram que o sol ia nascer antes da madrugada
Por causa disto nesta noite lá no morro não se fez batucada

Acreditei nessa conversa mole

Pensei que o mundo ia se acabar
E fui tratando de me despedir
E sem demora fui tratando de aproveitar
Beijei a boca de quem não devia
Peguei na mão de quem não conhecia
Dancei um samba em traje de maiô
E o tal do mundo não se acabou

Peguei um gajo com quem não me dava

E perdoei a sua ingratidão
E festejando o acontecimento
Gastei com ele mais de quinhentão
Agora soube que o gajo anda
Dizendo coisa que não se passou
Ih, vai ter barulho e vai ter confusão
Porque o mundo não se acabou "

    A canção teve diversas regravações - a mais célebre imortalizada por Marlene e, entre outras, uma bastante controversa, nos anos 90, na voz da  "Kid Abelha" Paula Toller que subverteu o trecho "peguei na mão de quem não conhecia" por "peguei no pau de quem não conhecia".  Mérito do grande Assis Valente, criador da música e pai de algumas das canções mais vivas no imaginário do brasileiro.  Tá, o tema é o fim do mundo, mas a biografia do Assis é tão curiosa que é digna de nota:  ainda moleque foi roubado dos pais. 
Já adulto, por conta de dívidas, tentou o suicídio  diversas vezes.  Numa delas se atirou do Corcovado, sendo salvo por uma árvore que amorteceu-lhe a queda. Também por dívidas, teve uma das produções mais profícuas de nossa música, chegando a compôr uma canção por dia (entre elas, o segundo Hino Nacional, "Aquarela do Brasil" e a canção natalina mais antinatalina de todos os tempos, "Já faz tempo que eu pedi, mas o meu Papai Noel não vem/ Com certeza já morreu ou então Felicidade é brinquedo que não tem")!  Morreu em 58, depois de ir ao escritório de direitos autorais atrás de algum trocado.  Senta num banco de praça, toma formicida e deixa um bilhete para a polícia e para o amigo Ary Barroso, que lhe pagasse o aluguel em atraso.  Até na hora final, foi poeta:  "Vou parar de escrever, pois estou chorando de saudade de todos, e de tudo."
     
 

   Ah, só para não terminar fugindo completamente do tema, toma um link com as 242 datas que a Humanidade já marcou para o "grande dia".  Desde 44 a.C. que eles estão tentando.  A merda é que um dia, eles acertam.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

O fim do mundo segundo Arthur Clarke

Observando as primeiras postagens aqui do blog nesse mês que tem o tema do “fim do mundo”, eu me dei conta que o pessoal do blog tentou dar um enfoque diferente nessa questão toda. Porque, afinal, tá todo mundo cheio de Roland Emmerich e seus apocalipses anabolizados. Ou não? Eu admito que os filmes do alemão (pros menos versados: Independence Day, O Dia Depois de Amanhã, 2012) são um prazer culpado dos bons. Mas não é nada que se compare a elegância, imaginação e capacidade de surpreender de um mestre. Porque, vamos sair da esfera do cinema um pouco e mergulhar o nariz em um bom livro. O nome: O Outro Lado do Céu, uma coletânea de contos incríveis do papa da ficção científica Arthur C. Clarke.
Conhecido pela frieza calculada (e genial) de seu 2001, feito ainda mais famoso pela tradução cinematográfica de Stanley Kubrick, a verdade é que a face sensível, humanitária e poética de Clarke permanece um pouco escondida para a maioria dos leitores e admiradores da boa ficção. Eu mesmo entrei em contato com ela por acaso: a cópia do livro supracitado estava empoeirando na escrivaninha do meu pai, e eu me surpreendi com o nome gravado na capa, resgatando-o de sua cruel sorte e devorando-o em uns poucos dias sem nada pra fazer nas férias pouco movimentadas daquele ano (que já não me lembro qual). Eu já havia lido um Ray Bradbury tirado da mesma estante abandonada, e tinha abandonado Isaac Asimov no meio de Eu, Robô. Devo dizer, a título de opinião, que o primeiro continua insuperável (O Caso de Amor de Laurel e Hardy é um conto para a vida toda) e o segundo continua deixado de lado.
Mas, vamos ao ponto: Arthur Clarke não é regular. Alguns contos são incríveis, outros simplesmente divertidos, uns poucos realmente que estouram a cabeça do leitor. E há Os Nove Trilhões de Nomes de Deus, que irrompe como a primeira seleção da coletânea de contos e encanta como poucas peças de narrativa foram capazes de encantar. O conto, que Clarke descreve na sua nota bibliográfica como “produto de uma tarde chuvosa em Nova Iorque”, fala sobre a natureza humana, a contradição do ato de acreditar e, sim senhores leitores, sobre o fim do mundo. Mas o fim do mundo de Clarke é essa coisa simples, esse mecanismo encaixado com tanta precisão e tamanha elegância que fica difícil não olhar para o livro em suas mãos, no fim da narrativa, e pensar “porque não?”.
Não vou estragar uma sacada tão boa quanto a de Clarke, nem roubar de vocês, leitores, o prazer de imergir nesse fim do mundo. Essa tradução que eu encontrei do original em inglês está bastante boa. O conto não é exatamente curto, mas vale a pena, eu posso prometer pra vocês. Vale a pena ler, absorver e lembrar sempre de olhar para cima de vez em quando. Há uma última vez para tudo, afinal. Boas estrelas esse mês, meus queridos! E até Julho (e as férias, e o inverno, e o tédio; todos eles um pouquinho fim e um pouquinho início do mundo próprio de cada um).