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quarta-feira, 28 de março de 2012

Encontrei seu desafeto em meu edredom


Naquele dia, ela acordou desejando-o menos. Não foi tão simples assim, nem tão imediato como pode parecer. Mas naquele dia, bem naquele dia em que o sol estava tímido e o céu anunciava uma chuva fina e com jeito de luto, ela se deu conta de o que viviam já não era aquilo de lindo que o começo da relação prometia. Faltava ar, faltava abraço, faltava tesão.

Ao se despertar, ainda enrolada naquela conchinha que já não era confortável há muito tempo, olhou para a televisão ligada no mudo e fez a leitura labial de um desenho animado dublado. Não deu certo. Não achava o controle remoto. Decidiu se levantar. Ligou o computador, ajeitou a calcinha e foi ao banheiro ver sua cara-de-bom-dia. Não escovou os dentes, como de costume, para ela o café da manhã perde o sabor para a pasta de dente. Abriu a torneira em um filete fino de água. Fazia frio, só de imaginar aquela água gélida em seu rosto, já lhe arrepiava todo o couro. 1...2...3... Respira. Água. Olhos fechados, pensou no desconforto que lhe causava aquele abraço. Água. Pensou que aquele casal já não estava em sintonia. Água. Lhe falta aquele cheiro no cangote, aquela flor roubada do vizinho, aquele beijo de bom dia. Água. Lhe falta inspiração para fazer o abraço funcionar. Água. E abre os olhos, e se vê no espelho. E se envergonha de passar tanto tempo empurrando aquela relação que para ela já não funciona mais há quase um ano. Mas tinha um medo tão grande de falar basta!, de perder o chão, de não se encontrar em outro abraço e pensou – por muito – que o problema era dela.

E de volta ao quarto. Ainda pensativa e com cara de espanto. Se via distante, voando pra longe, como se não quisesse mais estar ali. A janela já mostrava as primeiras gotas de chuva e o céu tinha um semblante triste, quase mórbido. E ele estava lá, sentado-deitado na cama. Parece que achou o controle remoto e colocou som no desenho animado. Ela se sentou ao seu lado, esperando um bom dia, um afago que seja, um sorriso sincero, sabe lá. E só recebeu um ‘quer ver outra coisa?’. E ele lhe entregou o controle, que escondia abaixo do travesseiro. Ela não respondeu. Levantou-se, deu-lhe um beijo na testa e disse um bom dia sussurrado.

Viu as horas no computador. Já era tarde, 11h30. Trocou a camiseta velha por um vestido simples, calçou um par de chinelos e saiu daquele quarto de ar viciado. Desceu as escadas, abriu a porta pesada de tanta idade, e viu a rua – com chuviscos, tristezas e as cicatrizes de um amor perfeito que faleceu.

Foi em busca de um café da manhã com pinta de almoço. Comprou um pão com ovo. Tomou um suco de uva de caixinha – seu favorito. Pediu um pão de queijo pra viagem e já no caixa escolheu um chocolate meio amargo com amêndoas. A volta pra casa foi eterna, o chuvisco molhava sua tez, seu vestido e levava embora o orgulho e a tristeza. Vivia triste. Um mês triste. Mas não saberia viver de outra maneira, não saberia viver sem ele. Preferia viver triste. Assim estava bom. Sem sorrisos, sem beijo com aroma de bom dia, sem amor próprio. Mas bom.

Abriu a porta do quarto. Ele lá, na mesma posição – nem sequer encarou a água fria da torneira para pensar. Zapeando os canais da televisão, em um looping infinito de insatisfação. Ela dispara mais um ‘bom dia, amor. te trouxe café da manhã’. Ele sorriu, agradeceu. Ela sabia que aquele era seu chocolate preferido. Tentava salvar essa relação a todo custo. Queria a liberdade, queria seu próprio ar, queria viver sem ele. Mas não queria.

Sentou-se ao computador, pôs a primeira musica da playlist e colocou-se a escrever. Escreveu sobre sua mãe, sobre suas saudades, sobre seus cachorros, sobre suas dores, seus desafetos, sua insegurança e sobre a vontade de falar para ele tudo aquilo que sentia – angústia, solidão e abandono presente, que é ainda pior que o ausente. Deixou a escrita, voltou para a cama e naquele ambiente viciado, soltou algumas palavras há muito atadas com nó cego.

‘Cansei. Quero vida. Me liberte. Quero viver. Quero ser eu. Quero me conhecer. Não mereço abraço sem carinho. O afeto só é afeto se é completo.’

Ele.

‘Vem aqui, amor. Deixa disso. Eu te amo. E tudo vai mudar. Te prometo.’

Ela acreditou, sorriu, fingiu paixão e deitou em seu duro abraço mais uma vez.

Passaram tarde, noite. Foi normal. Divertido, como amigos se divertem. Assexuado, talvez, como grandes amigos. E a meia noite, daquele mesmo dia que para ela terminaria bem, o desgosto e a despaixão desabrocharam em seu estado mais uma vez. Foi começar uma conversa, mas foi interrompida por um...

‘Você acha que a gente ainda dá certo? Não sei você, mas pensei em terminar.’

Seco. Duro. Frio. Sem amor algum. Com um resquício da amizade que tinham, em uma frase solta bem semelhante a um comentário tolo de amigo – levada por um sorriso sem ironia nem nada.

E lhe soou uma mescla de alívio e desespero. Ela queria ter soltado essa frase, ele não deixou. Terminaram com um sorriso de lá e um orgulho mordido de cá. Sem nenhuma esperança de voltarem a dividir o mesmo edredom.




terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Tudo passa, até uva passa


Mudei de casa, de cidade e de estado. Isso em 2003. Fui de São Paulo, capital, para uma cidadezinha no interior de Minas Gerais. Alfenas.

Saí de uma grande escola da locomotiva do Brasil para uma escola pequena, com muita grama no pátio e pessoas que iam para a aula de chinelo. Conheci pessoas ótimas, amigos incríveis e entre um deles estava uma loirinha de cabelo cacheado que me disse a célebre frase e que nunca mais desgrudou da minha cabeça: ‘Tudo passa, até uva passa’.

Eu levo essa frase comigo pois, além de soar engraçada, é quase um mantra.

Estive viajando por dois meses, américa latina afora, e esqueci dos meus caprichos com meu corpo. Esqueci que tinha que cortar o cabelo, abandonei a pedicure no primeiro mês e nos últimos quinze dias também a manicure. Troquei minha cera para depilar por um gilete, o que me causou alergias complicadas. E também deixei de lado a hidratação nos fios, o meu shampoo preferido, o secador de cabelo e o “filha, não durma de cabelo molhado!”. Não é que eu seja muito fresca, mas gosto de me sentir minimamente bonita (o que vem de um largo quadro de auto-estima – bem - baixa).

Enfim, cheguei no Brasil no domingo e hoje resolvi fazer a loca no salão de beleza. Pode cortar! Corta um ou dois dedos, mantenha o mesmo corte, por favor. Reparou que ele é mais curtinho atrás e compridinho da frente? Queria desse jeito mesmo.

Tesoura pra lá, pra cá. E eu de costas pro espelho (grande cagada) fazendo a unha do pé. C’est fini. Cabelo cortado. Do jeitinho que eu queria, só que ao contrário – literalmente. Estava curto na frente, comprido atrás e 4 dedos menor.

A dificuldade de entender isso, gente, juro, não sei. Tá que não é tarefa fácil cortar um cabelo, né. Mas a moça ta aí pra isso né, se propõe a isso, recebe pra isso e faz isso a pelo menos 10 anos. Custava dar ouvidos pra cliente e não brincar de fazer as coisas ao revés?

Ok. Chorei saindo de lá. Chorei no caminho pra outra cabelereira que tentou me consertar. Chorei saindo da outra cabelereira. Chorei entrando em casa. Quando me vi no espelho do banheiro, no reflexo da televisão, na porta do microondas, na webcam com uma amiga. Chorei muito, mas muito.

Quando veio a loirinha cacheada desse meu primeiro parágrafo e disse bem la dentro do meu inconsciente (ou subconsciente, ou consciente mesmo – confesso não saber diferencia-los): Hey, que tanto você chora, menina? Não sabe que tudo passa, até uva passa?

Engoli o choro. Minha mãe bem tinha me falado isso, mas sabe quando você se força a não acreditar? Foi quando lembrei dessa frase, e lembrei que eu já apliquei ela em tantos momentos, mas tantos! E ela é um dos grandes motivos que me levam a não sofrer com muitas coisas. Sofro, claro, como qualquer pessoa sofre. Mas aprendi a sofrer menos, e a deixar passar o sofrimentos e encarar a “tesoura errada” dessa maneira: PASSA. PASSARÁ.

E, realmente, sempre passou. E não digo que sou preguiçosa, muita coisa passou porque eu tive que solucionar. Mas, no fim, passa.

Coisas chatas aconteces. Mas quem decide quanto tempo durará esse sofrimento é você, e só você. Ou eu, no caso do meu cabelo. Já tá passando, tá?


- cheguei do mochilão domingo! desculpa não postas no mês passado, mas estava dentro de um ônibus, onde passei 22 “maravilhosas” horas.

- prometo no mês que vem escrever algo da minha viagem, ok?

- imagem: f.Olb

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

O tempero da ousadia

Como disse no post anterior, estou vivendo na Argentina. A sensação de estar aqui e ver sua vida brasileira passar diante dos seus olhos e não poder mover uma pata para interferir no resultado, é uma mescla de impotência e redenção. Impotência por ter suas escolhas out desse mundo que anteriormente era cheio dos seus dedos, e redenção por não ter que se preocupar com possíveis desgastes daquela rotina efusiva. E esses dois opostos estão diariamente fazendo parte de tudo o que vivo por aqui.

Sinto-me impotente por não falar esse espanhol perfeitamente, não podendo muitas vezes mostrar meu eu. E a redenção vem justamente nessa parte, de não mostrar meu eu, de não me preocupar com o que pensam, de ser uma pessoa que pode fazer oitocentas cagadas e ir embora em alguns meses sem me preocupar em ser ou não aceita por essa sociedade louca.

Gosto daqui. Gosto das músicas, das roupas, dos hábitos, das frutas, do clima (mas não gosto da comida e nem do estilo dos cabelos por nada). Gosto da liberdade que construí aqui. Uma coisa plena, sem amarras e sem medo.

As pessoas são bem caretas, verdade. E isso pra mim soa como um desafio: o de parecer cada vez mais diferente para elas. E tirar delas o preconceito social asqueroso que carregam. E assumir coisas loucas que eu jamais assumiria para qualquer um que eu conhecesse no Brasil. Por exemplo, ‘Oi! Eu já fiz sexo no pasto e acordei ao lado de uma vaca!’. Eles fazem uma cara de ‘que menina louca dos infernos!’. E ao mesmo tempo eu trato de conquista-los de outras formas, sendo divertida e amiga. (LEMBRANDO QUE ISSO É UM EXEMPLO, OKAY MÃE?).

E as vezes, não sei, mas sinto bem falta dessa ousadia minha. Na verdade, descobri que tenho essa ousadia morando aqui, e tenho medo de perde-la quando voltar. Não que eu tenha que sair por aí contando minha vida íntima e pessoal para qualquer indivíduo careta na rua, mas sim de não ter medo de assumir o que sou, as minhas vontades e as minhas manias. Passei anos, e confesso que ainda passo, influenciada por minha passividade lasciva e repugnante. Odeio ser assim, odeio! Odeio ter medo de me expor e poder incomodar os outros. Odeio ter esse pavor que cobrar dinheiro, de ter que falar pra alguém que ela está me irritando, que mandar alguém calar a boca, ou de falar que não como carne quando meus amigos estão escolhendo uma pizza. E ao mesmo tempo, eu ODEIO ser tola assim e me esconder o tempo todo.

Mas, se pensar bem, do mesmo jeito que eu não me incomodo da pessoa me pedir um gole de coca-cola, ela não vai se incomodar se eu pedir igual. E é bem isso que estou aprendendo aqui. Aprendendo a pedir ajuda para não me perder na rua, aprendendo a pedir o celular emprestado quando quero pedir empanadas, aprendendo a falar não quando eu quero falar não. E perceber, claro, que as pessoas não se incomodam com a sinceridade, e sim com a falta dela.

A insegurança está ligada à expectativa da resposta alheia. Assumir a responsabilidade de uma simples pergunta é perigoso para quem é sensível à opinião alheia. Enquanto se está na zona de conforto na normalidade, seguindo o beabá do que você deveria fazer como um exímio cidadão, ninguém te olha torto. Afinal, você ‘parece’ normal. Mas ao sair dessa estrada principal e começar a trilhar novos caminhos, os olhos ao redor começam a se arregalar para ver onde você está indo. O problema desse olhar é identificar os dois lados: em que ponto ele não se importa com seu rumo e em que outro ponto ele se importa tanto que tem medo que você o leve junto. Nas vezes que ele não se importa, como o gole de coca-cola, abstraia e viva sem neuras. E nas outras vezes, tente leva-lo junto. Quem sabe bem aí você não encontra seu parceiro para ousar.

Temperando a vida.



Foto por: Monica Rodriguez

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Atenção senhores passageiros, dêem boas-vindas à insegurança

O que vou falar hoje é tão pessoal, mas tão!, que não sei se cabe pra todo mundo. Mentira, cabe sim e eu tenho certeza. Se você acha que não cabe, leia de novo, do começo ao fim. E procure uma brecha pra encaixar isso na vida. Fará toda diferença.

Há alguns meses vivi um drama. Uma decepção, na verdade. Não é fácil esperar demais das pessoas e não receber nem uma flor em troca. Enfim, isso tinha que acabar e é bem verdade que acabou, antes mesmo do próprio fim, eu diria.

Essa não é uma história de superação. Nem um post de auto-ajuda. Mas é pra mostrar como é possível que uma atitude ou outra te eleve do degrau-escória pro degrau-oi-sou-linda-deixa-eu-ser-feliz-e-não-canse-minha-beleza.

Bom, depois dessa crise – que por sinal foi uma das maiores da minha vida – eu percebi uma coisa em mim: tenho preguiça de sofrer. Ou melhor, MORRO de preguiça de sofrer. Meu sofrimento durou, sério, 2 semanas, exatamente. Quando me dei conta de que aquele chororô todo não ia me tirar do lugar tampouco mudar o que já tinha acontecido. Sai fora. E eu saí.

E tive uma experiência redentora. O maior problema de você encarar uma crise é não saber contorná-la. Crise todo mundo tem, momento ruim, igualmente. É bem aquela história de ficar sem reclamar. Se você não contorna a situação desagradável, ela vira um carma! Uma nuvem escura e sombria! Uma fumaça! Um caos! Um infeeeerno! (ufa.)

Às vezes, uma fase que parece ser a pior das piores, se você transformá-la, pode ser bastante digna. A crise é uma ocasião do crescimento. A crise é inesperada. Ninguém espera que um dia vá sofrer. Ninguém passa a vida pensando que tudo de maravilhoso que se teve um dia pode desmoronar e, bingo, tensões e mais tensões e mais confusões e choros e dramas e o mundo caiu, cataploft.

A gente passa a vida toda desejando estabilidade e segurança. Claro que isso é bom, e até necessário eu diria. Mas a estabilidade nos leva à acomodação. Deixamos tudo no piloto automático quando está estável, e às vezes é necessária uma turbulência para nos tirar o chão e nos devolver o ar próprio.

O avião. Todos viajando calmamente, como se não estivessem a trocentos metros do chão, planando naquele céuzão imenso e desafiando loucamente a lei da gravidade. E uma segurança que todos possuem: nada parece que vai acontecer.

De repente, uma turbulência. E os passageiros se dão conta de que, sim!, essa não é uma situação tão plena assim, nem tampouco segura. Um cachoalhão, ou uma crise, que te tira a estabilidade e te faz pensar em milhões de coisas para que não se agrave mais. A turbulência passa, e você fica mais esperto.

E é dessa maneira que se cresce. Às vezes é preciso desejar a insegurança de um momento, para que a turbulência, o cachoalhão, o pontapé, agitem seu mundo e te traga uma nova maneira de enxergar a vida. Não se acomode, gere suas instabilidades. Elas não são confortáveis, mas são necessárias.

E se durante o vôo você se encontrar em queda livre, não se desespere! Leve seu assento, ele é flutuável. Eu nunca ouvi falar de ninguém que morreu de crise.




























Pronta pra mais uma viagem.



~ Agradecimento especial para Pamella Martelli, meu porto seguro (e inseguro!)

Foto por: JGI/Jamie Grill

twitter: @tabataaa
fiz um tumblr! vê lá a bobagem: Pop She Bop

terça-feira, 28 de junho de 2011

Liberte seu batom vermelho

Sempre digo que pensar nesse negócio de fim do mundo não é nada confortável. Sei lá, viver o futuro já é ruim. E se o futuro ainda for tenebroso, trevoso, apocalíptico, pra mim não consegue ser outra coisa diferente de assustador.

Vou confessar, né, tenho medo sim. Mas não a ponto de revogar minha vida e me enfiar na mesquita, rezar loucamente virada pra Meca com a esperança de ficar ‘sã e salva’ no dia do juízo final (o clone feelings). Prefiro não pensar nisso, sério. Quando chegam pra mim falando de 2012 e tal, falam com um sorriso no rosto que eu, francamente, não entendo. Talvez um sorriso de nervoso, ou de brincadeira de quem não acredita nem por reza braba nessa historia bobagenta. Não sei, mas como eu disse aí em cima, pra mim não é nada confortável.

Mas, pensando-não-querendo-pensar em fim do mundo me faz querer aproveitar o hoje. Uma vez, tem muuuuito tempo, ouvi por aí um negócio assim:

- Você sabe por que o agora se chama presente? O agora é uma dádiva, por isso o presente.

E, né? Que coisa mais brega, horrível, clichê e tal! Mas vou te confessar que a partir disso daí (que tem pelo menos uns cinco anos) adotei isso pra minha vida. E hoje vim dividir. E não se cansem das minhas filosofias baratas, façam-me o favor! haha

Você guarda o melhor vinho, as melhores louças, a melhor roupa e aquele batom vermelho-puro-luxo para um momento especial. Sempre fica esperando o momento certo pra usar aquele terno clássico ou os copos de cristal que ganhou no seu casamento. Esse momento pode se chamar agora.

Eu nunca espero nenhuma ocasião especial para usar nada. Nem tampouco me preparo para o fim do mundo. Todos os dias na minha vida eu saio de casa pensando em estar bem vestida (na medida do possível), ‘gastando’ (como muitos aí pensam) a minha melhor roupa, o melhor sapato. Não é porque aquela bolsa custou o olho da cara (para os meus singelos padrões, claro) que não uso ela no dia-a-dia. E, por favor!, eu não nado em piscina de dólares não. Tudo o que tenho aqui foi conquistado, uma coisinha de cada vez, com paciência e muita vontade. E eu valorizo muito. Então, todo dia é dia de usar o que tenho de melhor. Porque eu mereço o melhor.

Pra que a gente espera a visita de alguma tia fresca ou uma reunião de família pra tirar aquela toalha bordada do armário? Olha, eu acho que mereço esse mimo tanto quanto os outros. Então uso sempre, uso todo dia.

Por que, imagina só... Você aí, todo bonitão, pensando que um dia o fim do mundo vai chegar, ou até que a vida vai acabar e ainda não usou aquele perfume importado que sua ex-chefe te deu em dezembro de 92? Porque estava com dó de gastar e não encontrou o momento certo para usá-lo? Poxa, se não teve momento certo em 20 anos, que dirá em mais 20, ou 50, ou 100. Quem sabe o mundo não acaba e você vai arder no mármore do inferno carregando sua coleção inteirinha de canecas do Elvis Presley?

E pensando bem, meu!, as coisas não se acabam, né? Nunca ouvi na vida uma historinha sequer de um jogo de talheres de prata que tenha se acabado por uso contínuo. A não ser que você seja o incrível Hulk e, né, os destrua por pura intolerância.

Um pedaço de um texto de Mário Quintana, diz o seguinte:

"Um dia descobrimos que, apesar de viver quase um século, esse tempo todo não é suficiente para realizarmos todos os nossos sonhos, para beijarmos todas as bocas que nos atraem, para dizer o que tem de ser dito... O jeito é: ou nos conformamos com a falta de algumas coisas na nossa vida ou lutamos para realizar todas as nossas loucuras."

O fim do mundo não é bem vindo por aqui. Mas, se mesmo assim, você acredita que ele vai chegar, troque as coisas aí de cima por quaisquer outras. E viva suas loucuras agora, enquanto há tempo. Não esconda suas vontades nem o seu blazer no fundo do armário. As vontades nunca passam e a moda passa rápido demais, assim como a própria vida.














Liberte seu batom vermelho.


Foto por: Siri Stafford


twitter: @tabataaa

sábado, 28 de maio de 2011

Tire esse azedume do seu peito. Por 21 dias.

Tive sorte por esses meses, vou confessar. Sempre fico matutando uma ideia na cabeça, ela vai florescendo, divagando, percorrendo tudo o que há em mim. Quando menos, vira texto. Ainda bem que eu escrevo no final do mês.

Claro que esse não foi diferente. Mas, bom, vamos lá!

Descobri internet afora uma teoria de um cara chamado Maxwell Maltz (link) que diz o seguinte: se você repetir uma ação por 21 dias – ininterruptamente – ela vira um hábito. Ou seja, se você passar aquele creme antirrugas que sempre é deixado no fundinho do armário torcendo para ser lembrado por 21 dias seguidos, vai fazer parte da rotina. Vira um costume. Ou se resolver não comer doce, parar de roer unhas, sorrir pras pessoas na rua, fazer a dança da chuva ou os 5 ritos tibetanos diariamente, nessa seguida quantidade de dias, pronto. Faz parte de você.

Aí descobri uma galera de um movimento mundial muito peculiar, e legaaaaal! Eles tem a missão de ficar por 21 dias sem reclamar (o site é esse: http://www.acomplaintfreeworld.org/). Achei muito legal!

Resolvi tentar. E por 21 deu certo. E até hoje tem dado! (já faz uns 30 dias). Recomendo, de verdade. A gente reclama muito das coisas, da maior bobeira do mundo até a mais cabulosa delas. Mas reclama! Eu decidi não reclamar, nem pra ninguém, muito menos pra mim, de tudo o que se passa na minha vida.

Hoje cedo, andando pela rua, caí num buraco gigantesco. Gigantesco, to falando. Seria muito fácil, e cômodo, e estressante, e chato, e desanimador, sair reclamando por aí: “Que m*rda essa cidade! Deixam um buraco desse tamanho na rua, aí cai um, quebra a perna, e aí? Essa calçada é horrível, essa rua é esburacada, esse trânsito é impossível!!!”. Pronto. Uma reclamação gera outras mil, e vai só crescendo. E dali a pouco, sua vida inteira é só reclamação. Uó, né?

Bom, eu caí, e claro que machuquei meu joelho (que é a parte de mim que mais sofre com meus desastres e desequilíbrios, sem sombra de dúvidas). Mas olhei para minhas amigas, dei risada e disse “Super adrenalina! Até deu um friozinho na barriga!”. Pronto. Evitei uma ruga a mais na minha vida.

Vamos escolher os momentos certos pra reclamar. Você vai reclamar lá com o cara das Casas Bahia se ele entregar um vaso de violetas ao invés da geladeira duplex de aço escovado que você comprou pela internet. Você vai reclamar se um dia um babaca apertar seu bumbum na balada. Você vai reclamar se um dia alguém reclamar da vida com você, e vai mandar ele se mancar e ler esse texto aqui. Bobão.

Nessa teoria também diz que bastam apenas 3 dias de combinações erradas para derrubar esse hábito, então não deixe que os problemas que se prolongam estraguem sua rotina de bom humor. Não vou falar pra você fazer a Janaína (do BBB 11) e achar tudo lindo, mil maravilhas, tudo sorridente e na vibe ‘vamos construir um mundo melhor através do amor em nossos corações’. Mas vamos exercitar. Reclamação gera reclamação. E quem vive enfurecido, leva consigo uma nuvem de coisas ruins. Aí é muito azar, muita coisa dando errada, uma confusão. E mais reclamação. Tente parar esse ciclo. Por 21 dias! Para sempre!

Pra mim deu certo. Vai lá, bee, faz a locona e tira esse azedume do seu peito.



















Rugas a menos.

Foto: Dougal Waters

twitter: @tabataaa

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Sobre liberdade, maquiagem e preocupações

Lembro-me bem que já falei aqui sobre Liberdade (no texto do ridículo – link). Mas recentemente minha mamãe (beijo, mãe!) me mandou por skype uma frase que, mais uma vez, me fez refletir – eita reflexão que rende texto!

A frase era tal:

Liberdade: Dormir com o cabelo molhado; vestir a primeira roupa que encontrar; dormir sem despertador; andar mal vestida; não usar maquiagem; sair sem saber pra onde vai; gastar o último resto de salário em comida que te deu vontade; dar-se o direito de ir ás compras; tirar o sapato depois de um dia cansativo; dormir com maquiagem. Livrar-se de tudo aquilo que é pequeno, mas que amarra os nossos dias.

Sou excessivamente vaidosa. Vaidosa demais. Sempre fui. Talvez tenha começado com minha mãe que combinava meu lacinho de cabelo com o vestido, com o sapato, com a calcinha (é...), e eu achei que tinha que dar continuidade forever a isso. Enfim, acho que está todo mundo reparando em mim a todo o momento.

Aí, com essa frase, descobri como eu me preocupo! E como isso me limita, me prende a rituais tão difíceis criados, obvio, por moi! Seria tão mais fácil jogar pra lá o meu blush, a minha base mineral, meu primer redutor de poros dilatados e, claro, minha máscara para cílios. Jogar também pra bem longe o secador de cabelo, as mil e oitocentas roupas que transbordam do armário, e os sapatos idem. Pra que, né, eu ficar lotando minha vida de pequenas preocupações que só me deixam... é... preocupada!

Não me considero fútil, mas, ó, gosto muito de me sentir bonita no espelho. Coisa, assim, de valorizar a auto-estima. Mas acontece que percebi que essas pequenas coisas me deixavam desassossegada. “Não saio de casa sem corretivo”, ou “Minha pele fica uó depois da natação” ou então “Meus cílios desaparecem sem um bom rímel”.

Eu criei tudo isso. Aposto e ganho que ninguém fica reparando se eu usei rímel ou não em um dia tal, ou se troquei o blush pêssego pelo rosinha. Sério, é coisa boba demais. E eu sei disso. Difícil é realmente fazer uma trouxinha dessas coisas e distribuir por aí como se eu não precisasse de nada. Eu preciso. Mas preciso porque quero precisar.

Como tudo para mim é aos poucos (eu comi goiaba esses dias! – e continuo não gostando), vou mudando isso. Tentando, porque é difícil ter a auto-estima no dedão do pé e mesmo assim olhar pro espelho e pensar, ‘ok, até que to bonitinha sem lápis de olho’.

Mas é uma coisa a se refletir. E ir deixando (adoro quando posso usar gerúndio sem ficar bobo) aos poucos essas pequenas preocupações que incomodam e a gente nem percebe.

Deixe de lado seu celular por um tempo. Esqueça que você precisa de protetor solar. Não olhe para sua agenda a todo o momento. Não dê F5 do twitter. Deixe para lá o pente depois de acordar. Vá de chinelo no supermercado. Não tire poeira na estante por um mês (limitei o tempo pois tenho rinite e posso morrer com poeira). Não passe mais roupa. Não meça seus atos e palavras se preocupando com o que os outros vão pensar de você. Pode, eu deixo, vai, durma sem tirar a maquiagem.













Mais leve.


twitter: @tabataaa

segunda-feira, 28 de março de 2011

me cite

Deus não dá asas às cobras porque... sei lá. Esqueci o raio do ditado do Chico Anísio Xavier Buarque de Rolanda. Enfim. Sei que tem um negócio que ela não é esperta, ou não aproveita a oportunidade de alguma coisa. Não me lembro.

Mas, bom, perguntei a frase pro grande oráculo Google, e ele não me respondeu. Perguntei pro Twitter amigo, e me respondeu uma coisa, que não fez o menor sentido. E pro caro Facebook, gerou confusão. Como não sei escrever sobre sexo, espero ao menos divertir vocês.

Enfim, ME CITEM! ;D












(ps: sei que, é, não foi lá um grande post. tenho meus motivos: estou viajando, com a família, espirrando loucamente, com uma crise de rinite lasciva, um artigo de 15 páginas para escrever e lembrei que era dia 28. ou seja, mês que vem volto feliz e cheia de amor para dar. compreendam, vai!)


@tabataaa


agradecimentos: @mariliapoloni / @enricorelli

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

A desmemória da goiaba

Tenho medo da velhice.

Não medo de olhar pro espelho e ver minha cara murcha. Mas tenho medo de não poder confiar mais na minha memória. Um amigo me disse uma vez que nossa vida é memória, e estabeleceu um diálogo mais ou menos assim:


Ele - O que você não gosta?

Eu – De comer? Do que?

Ele – É, pode ser.

Eu – Goiaba.

Ele – Mas como você sabe que não gosta de goiaba?

Eu – Porque comi e não gostei.

Ele – E você só sabe que não gosta porque tem memória. Se não tivesse, poderia comer a goiaba com uma ‘boca nova’ e quem sabe, né?


E pronto. Ficou na minha cabeça. Vocês perceberam que as coisas se alojam na minha cabeça e eu posso pensar nisso o resto da vida, né? Como na história do ridículo lá.

Enfim, voltando à velhice. Minha vovó (Deus a tenha!) faleceu com 81 anos. Muito linda, cara boa, forte e lúcida. Mas tinha falhas na memória, como era de se esperar. Confundiu por muitas vezes eu com minha mãe. “Neuzinha, sabe quem eu vi hoje? A Simone, sua amiga da igreja”. Eu sorria e a corrigia. Ela, envergonhada, pedia desculpa. Falava que a gente era muito parecida nessa idade, coisa e tal. E um dia que ela me disse que andou, andou, andou e quando deu por si estava a 3 km de casa? É, tenho medo disso. Ela pegou um taxi, fez a gata, voltou bonita pra casa e rindo da história. Mas eu fiquei assustada. Coisa assim, que pode acontecer com qualquer um.

Digo qualquer um porque é qualquer um mesmo! Não adianta fazer curso de memorização aqui, ler demais ali, fazer chá de não sei o que, misturar livros com, sei lá, brócolis? Bom, digo isso pela minha avó, que leu mais que qualquer pessoa que eu conheça. E faleceu com uma cruzadinha do lado da cama, coisa que ela tinha um vício insuperável.

Guardamos muitas coisas na memória. Tenho vontade de escrever tudo o que tem aqui dentro, pra saber do que gosto, do que não gosto, do que estimo, de que lado da cama eu durmo, se como farofa de boca aberta, se faço as unhas em casa ou pago manicure, se tenho dor de estômago de comer tomate com semente, se gosto de som baixo, enfim. Muita coisa pra guardar.

Mas seria até bom esquecer das coisas de vez em quanto. Quem sabe o gosto pela vida não seria mais sincero, não é mesmo? Com um ‘boca nova’ você prova aquela laranja azeeeeda, que te fez entortar o nariz a vida inteira e... gosta? É, você gosta do azedo. Você gosta porque experimentou sem um conceito predeterminado sobre aquilo. Não é seu paladar que tem problema em gostar das coisas azedas, é você quem o obrigou a não gostar disso. O problema é seu, na verdade. Ou meu, no caso da goiaba.

Mas seria até bom, né? Esquecer desavenças, desrespeitos. Passar por aquela pessoa que você cismou em brigar a vida inteira sem motivo e sorrir pra ela. Ou ter suas lástimas perdoadas também. Vale pros dois lados.

Uma vez, passeando internet afora, li uma coisa interessante. Falando sobre uma tal de desmemoria. Se não me engano, escrita por Eduardo Galeano. E, caramba! Parece que o cara me adivinhou.

“O bebê sorri porque ainda não tem memória; o velho porque já não tem nenhuma. Eis aí a felicidade perfeita. Não a quero.”

E não é? É lindo. Mas eu não quero, não! Não quero perder isso que levei anos para construir. Não quero acordar um dia e ficar em dúvida se eu prefiro leite morninho (urgh!) ou gelado, ou se eu não como chiclete porque não gosto ou porque tenho alergia fatal.

É legal esquecer das coisas, e vou me esforçar um pouco pra isso. É um exercício. Esquecer daquilo que não faz bem pra gente. Comer com ‘boca nova’ o que vem por aí. Ainda pretendo comer a goiaba com uma ‘boca nova’. Só não sei quando. Mantenho-os informados.




Imagem: Alex Silva


twitter: @tabataaa

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

A única pessoa livre, realmente livre, é a que não tem medo do ridículo.

Trabalho nisso a um tempão. Desde que essa frase saiu para mim naquela (por vezes bizarra) Sorte do Dia do Orkut. É sério! Não vejo isso sempre, mas, ó, esse dia me rendeu um novo olhar sobre tudo que se passa aqui.

Sou tímida. Sou mesmo. Tímida por natureza, não me relaciono bem a priori, mas vou melhorando ao longo do tempo (que por vezes não passa de 5 minutos). Tenho medo das pessoas que julgo serem mais “importantes” (oi?) e das que exercem algum tipo de poder sobre mim. Não consigo ser natural. Travo completamente.

Independente disso, em situações alheias a essas, nunca liguei pro bom senso do cidadão-do-bem. Nunquinha.

Já saí de pantufa na rua, andei descalça no colégio, fui de maria-chiquinha no campeonato de vôlei, saí à noite de pijama. Já dei risada alta no shopping, inventei apelido pros outros, espirrei muito alto (bem, isso sempre), ando cantando na rua e pronto. É logo que vem a pergunta “como você tem coragem?”. Coragem? Coragem do que? De não me privar das coisas que tenho vontade? E juro para você, nunca fiz isso para aparecer não (tá, talvez lá com meus 12 anos isso fosse - bastante – possível!). Mas eu não entendo o porquê dessa censura toda. Vergonha da aceitação dos outros, vergonha do que vão pensar. Nunca perdi amizade por isso, bem bem beeem pelo contrário, amigos.

Engraçado que esse veto autoral converge diversas outras situações. Umas das que tenho ojeriza é a tal da pedância. Não consigo fingir gostar de uma coisa para parecer legal. Troco facilmente um “bom” Jazz por um Backstreet Boys. E não tenho vergonha alguma de assumir isso! Troco, assim, tranquilamente, uma Piauí por uma, sei lá, Capricho?! Se for para me divertir, se é minha vontade, isso para mim basta. Não finjo ser legal. E isso não me afasta da galera cool.

Eu sei para que servem as máscaras, mas tento me libertar delas a cada dia que passa. Claro que não é assim a coisa mais fácil do mundo. Claro que eu não falo pra todo mundo que tem dia que eu “esqueço” do banho. A sociedade (que também “esquece” da chuveirada) esquece também que cada um tem seu nariz para cuidar e tirar catota quando quiser. E você, bonitão, pare de rir daquele cara todo esquisitão que anda na rua do seu bairro cantando alto enquanto estala os dedos. Ele está mais feliz que você. Ele está fazendo o que quer. E sem pudor.














Ilustradora: Ana Oliveira


twitter: @tabataaa


terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Stop Motion - de quadro a quadro

É provável que você já tenha ouvido falar, e mais provável ainda que você já tenha visto alguma animação feita com a técnica chamada Stop Motion. Se você, como um espírito incansável de criança, viu “A Fuga das Galinhas” ou “Wallace e Gromit” ou ainda “O Estranho Mundo de Jack”, já está familiarizado com o assunto.

Stop Motion é uma técnica em que o animador trabalha fotografando objetos, fotograma por fotograma, quadro a quadro, e que, quando passados rapidamente, dão a ilusão de movimento.

Na verdade, essa técnica surgiu juntamente com o cinema e foi mais trabalhada quando começaram a surgir as primeiras animações - como é o caso do longa da Disney “Branca de Neve” (1937). Eu me lembro, quando pequenina, que no final da exibição filme + créditos da fita VHS, havia um making off da produção, da montagem quadro a quadro e da escolha da trilha sonora.

Pra matar a saudade, consegui encontrar esse making off no Youtube:

Bom, hoje, com os artifícios high tech que vemos por aí, as animações são digitalizadas, tudo bonitinho, tudo parecendo de verdade. Mas, sempre existem (e ainda bem que existem) os queridos e criativos inovadores. Tim Burton é um deles. Depois da produção do longa “O Estranho Mundo de Jack” (1993), ainda dirigiu “A Noiva Cadáver” (2005). Ambos com o uso de bonecos e cenários reais, quadro a quadro. Imaginem o trabalhão!

Na internet a fora também encontramos provas que o futuro do Stop Motion é brilhante e que não morrerá com o avanço da computação gráfica. A técnica é também utilizada para construção de videoclipes, curtas, propagandas e outros trabalhos audiovisuais que necessitem de impacto e um toque de magia na concretização.

Recentemente conheci um videoclipe que já vi, vi de novo, mais uma vez e viciei! Uma coisa linda. Um trabalho artístico e alto padrão e criatividade. O nome do músico é Oren Lavie, que também dirige o videoclipe. É um israelita que já foi diretor e roteirista e hoje decidiu (para nossa sorte!) compor e cantar. O artista já teve suas músicas carimbadas na trilha sonora do filme “As Crônicas de Nárnia”, mas ficou mais conhecido mesmo através desse clipe, lançado esse ano.

Abaixo:

Um amigo meu, sabendo dessa paixão por Stop Motion, me enviou via twitter (@SimiaoCastro) uma produção graciosa e super bem elaborada. Acredito que foram dias e dias de muito trabalho para concretização desse vídeo. É uma propaganda da marca de câmeras fotográficas Olympus. Para essa produção, foram tiradas 60.000 fotos, reveladas 9.600 e, para a organização em quadro a quadro, mais 1.800 fotografadas novamente. Um abuso da capacidade criadora! Haha

Mas é um vídeo encantador!

Abaixo temos mais três exemplos muito bem trabalhados. O primeiro é uma propaganda da Ebay, que imita o layout do site com folhas de papel desenhadas. O segundo é um projeto do Colégio de Arte e Design e Savannah, todo dirigido por japoneses, que utiliza como base a colagem de Post-It formando desenhos. Já o terceiro é um jogo humano de tétris muito muito inovador!rs


Bom, fico por aqui!

Espero que tenham gostado :)